Centro de Reabilitação de Rondônia realiza mais de 30 mil atendimentos no primeiro ano de atividade
O Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero) chegou ao primeiro ano de atividades na rua Petrolina, bairro Mariana, zona Leste de Porto Velho, com 31.533 atendimentos a pacientes que procuraram os serviços de fisioterapia ortopédica, fisioterapia neurológica, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional.
O número é parte do balanço das atividades, ações em desenvolvimento e propostas de ampliação de serviços apresentado na tarde dessa terça-feira (5) ao governador Confúcio Moura e secretário-adjunto da Saúde, Luiz Fernando Maiorquim, pelos coordenadores do Cero, Yargo Machado e Rodrigo Campos.
Instalado em sede própria, em área construída de 2 mil m², em terreno que totaliza 7 mil m², o Cero ganhou a população da zona Leste pela qualidade dos serviços de reabilitação oferecidos. Pelo menos 44% do total de atendimentos abrange pacientes dessa região; outros 33% são da zona Sul; e 20% da zona Norte da Capital.
O jovem Jardson Firmino Azevedo, de 21 anos, fazia a série de exercícios com peso nas pernas em processo de reabilitação de acidente de motocicleta ocorrido há dois meses, quando na ampla sala em que também estavam outros pacientes o governador Confúcio Moura pôde novamente constatar – ele já visitou o local antes – a excelente condição de atendimento.
Saudado pelo governador como Neymar, pela semelhança com o cabelo do astro de futebol, Jardson não tem do que reclamar: “Faço a fisioterapia três vezes por semana, às 15h, tudo agendado, sem fila. É muito bom o atendimento”.
Os coordenadores garantem: não tem fila de espera para consultas, para exames e nem para as sessões de tratamento e recuperação propriamente ditas.
Com uma estrutura que permite atender a 300 pessoas ao dia, o Cero, inaugurado em outubro de 2014, atende hoje a 220 pessoas, tem 55 servidores, sem contar terceirizados, mas por necessitar de mais profissionais especializados ainda não atingiu 100% da capacidade de atendimento em áreas, como a fisioterapia infantil, que no balanço do ano chegou a 80%.
Com menos servidores especializados do que tinha quando a reabilitação pública funcionava em um núcleo da Policlínica Oswaldo Cruz (POC), o Cero ampliou em muito o atendimento, e Confúcio Moura disse que o governo buscará acelerar a contratação de prestação de serviço para gestão interna a fim de se atingir 100% da oferta de atendimento.
“O compartilhamento é necessário, e não se pode ficar apenas na dependência do estado. É preciso parceria”, disse o governador, elogiando o trabalho desenvolvido pelo Cero em prol da comunidade mais carente de Porto Velho, e até mesmo de outros municípios. Ele visitou diversas dependências e a oficina ortopédica, montada em um caminhão, na qual serão confeccionadas próteses.
O secretário-adjunto Luiz Maiorquim esclareceu que se trabalha com a possibilidade de adotar Parceria Público-Privada (PPP) na gestão da estrutura do Cero. É uma alternativa para se ampliar algumas estruturas inexistentes no âmbito da equipe multidisciplinar, agregando neurologista, pediatra e otorrinolaringologista entre outros profissionais requisitados pelos coordenadores.
“O Cero trouxe um benefício muito grande. Esta estrutura, este equipamento de saúde pública estão dando uma resposta à necessidade social extremamente efetiva, com avanço na gestão pública”, disse Luiz Maiorquim, registrando que mais investimentos em equipamentos deixaria o Cero, reconhecido como bom modelo pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), na condição de grande centro de reabilitação, sem nada dever a nenhum outro do País.
O coordenador Yargo Machado disse que é plano do Cero instalar uma sala de fisioterapia respiratória neste ano, e dotar a unidade com uma piscina terapêutica é um projeto que poderá contar com apoio do Banco do Brasil, onde foi cadastrada a proposta.
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