Com Rio Acre acima dos 15,55 metros, Brasiléia e Epitaciolândia já registram a maior enchente da história
O Rio Acre atingiu a marca dos 15,54 metros na medição das 6 horas da manhã desta quarta-feira (28), ainda sem sinal de vazante, nas cidades acreanas de Brasiléia e Epitaciolândia, que já enfrentam a maior enchente da história. Mesmo sem atualizações mais recentes, o capitão Júnior, coordenador da Defesa Civil em Brasiléia afirmou, por volta das 8 horas, que a alagação já supera os 15,55 metros registrados em 2015.
Situação nos dois municípios, segundo dados divulgados pelo governo do Acre até esta terça-feira, 27:
Brasiléia
Pessoas desabrigadas: 911
Pessoas desalojadas: 1.011
Nº de bairros atingidos: 13
Abrigos: 15
Epitaciolândia
Pessoas desabrigadas: 1.010
Pessoas desalojadas: 750
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 10
As duas cidades estão entre as 17 no Acre que tiveram situação de emergência decretada e cujo reconhecimento da Defesa Civil Nacional e do Governo Federal aconteceu nesta segunda-feira (26), quando a enchente do Rio Acre já fazia com que mais de 11,2 mil pessoas deixassem suas casas. Do total, 5.578 estão desabrigadas e 5.703 desalojadas, segundo o governo do estado.
A enchente provocou o isolamento por via terrestre de Brasiléia, já que a ponte que liga à cidade a Epitaciolândia, município vizinho, teve que ser interditada no último domingo, 25, por conta dos riscos de as águas invadirem a ponte. As travessias necessárias são feitas com o apoio de embarcações do Exército ou do Corpo de Bombeiros.
O ano de 2024 se tornou mais um de cheia histórica no Acre. Em todo o estado, mais de 11,5 mil pessoas foram expulsas de suas casas pelas águas, dentre desabrigados e desalojados, incluindo comunidades indígenas, segundo a última atualização feita nesta terça (27). No todo, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta de inundações.
Defesa Civil Municipal
Na tarde desta terça-feira, a Prefeitura de Brasiléia realizou uma reunião de alinhamento, com representantes de todos os órgãos estaduais, municipais e empresas envolvidas nas ações de combate aos impactos da inundação. O encontro aconteceu na sede da Defesa Civil do município.
“A situação aqui em Brasiléia é de calamidade; em menos de um ano, já estamos sofrendo outra enchente. Essa já é considerada a segunda maior da cidade. Estamos isolados por via terrestre, e existem várias comunidades rurais isoladas”, destacou a prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem, em material divulgado pela Agência de Notícias do Acre.
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