Cresce mais de 30% o número de cirurgias realizadas em hospital no interior de Rondônia

Cresceu em mais de 30% o número de cirurgias de média complexidade no Hospital Regional de São Francisco, cerca de 600 km de Porto Velho. Os dados estão no Relatório de Gestão da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), publicado no início deste ano, e faz um comparativo entre 2016 e 2017.

De acordo com dados do Relatório de Gestão, o número de cirurgias saltou de 697 em 2016 para 919 em 2017. Os números mostram ainda um crescimento de mais de 24% no número de internações, mantendo em alta o desempenho assistencial da unidade de Saúde. No total, foram realizadas 1.455 internações em 2016, contra 1.791 em 2017.

O relatório mostra ainda que o setor de clínica médica lidera em internações, com 607 procedimentos. O setor de obstetrícia vem segundo lugar com 501 pacientes.

O hospital geral é classificado, de acordo com protocolos do Ministério da Saúde (MS), como de pequeno porte. Está localizado no município de São Francisco do Guaporé, prestando assistência de média complexidade, referência para a Região de Saúde do Vale do Guaporé, composta pelos municípios de Costa Marques, Seringueiras e São Francisco do Guaporé, com população estimada de 48.234 habitantes, distribuídos em 19.720 km2, com populações quilombola, indígena e bolivianos.

Segundo a secretária adjunta de Saúde, Maria do Socorro Rodrigues, com a pactuação das duas Macrorregiões de Atenção à Urgência e Emergência Hospitalar e a implantação da Central de Regulação de Urgência e Emergência de Rondônia (CRUE-RO), houve uma diminuição no tempo e no percurso a ser percorrido para atendimento do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), favorecendo a recuperação deste e otimizando a rede de assistência.

Descentralização
O crescimento registrado pelo Hospital Regional de São Francisco, referência para a região do Vale do Guaporé, com cobertura para quase 50 mil habitantes, inclusive bolivianos, é a resposta aos investimentos fetos pelo governo de Rondônia no programa de ampliação e descentralização do atendimento de média e alta complexidade, avalia Maria do Socorro.