Rondônia, 26 de dezembro de 2024
Cidades

Denunciado à Justiça o empresário que atirou em carro que fazia “cavalo de pau” e matou jovem

O empresário Adalton da Silva Lopes foi denunciado criminalmente à Justiça pelo assassinato da jovem Camila Barros Dantas, 20 anos, ocorrido no último dia 26 de janeiro, em Ji-Paraná. A jovem estava com amigos em uma caminhonete, quando foi atingida por disparos. O acusado disse que estava em casa e se sentiu ameaçado pelos jovens realizarem cavalo de pau em sua propriedade.

No entendimento do promotor de Justiça Pedro Wagner Pereira Júnior, titular da 5ª promotoria de Ji-Paraná, responsável pelo caso, o crime foi praticado por motivo fútil, gerando perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Constam nos autos que o denunciado desferiu múltiplos disparos em direção ao veículo onde estavam Camila Barros Dantas e outros três amigos, um deles adolescente de 15 anos.

A ação resultou na morte de Camila, de 20 anos, atingida em seu dorso superior direito por um dos disparos, conforme laudo de exame tanatoscópico.

Segundo o inquérito policial que, momentos antes dos fatos, Camila e os amigos estavam próximos às imediações e dependências da área urbana onde fica situado o imóvel sede da empresa Depósito de Areia Lopes, que também é a moradia do denunciado, para realizar manobras do tipo "balão acelerado” ou “cavalo de pau”. Realizadas as manobras, deixaram o local, porém, não sem antes serem percebidos pelo denunciado Adalton.

Ainda segundo se apurou, passados alguns minutos, eles retornaram ao local com o mesmo veículo para realizar novas manobras. “Adalton, valendo-se de uma arma de fogo e assumindo os riscos de provocar as mortes das vítimas, passou a desferir múltiplos disparos na direção do automóvel e os ofendidos, ao perceberem se tratar de tiros, saíram em fuga do local”.

Na denúncia, o MPRO alega que os crimes foram praticados de modo a gerar e resultar perigo comum, “tendo em vista que o denunciado disparou múltiplas vezes não só em direção às vítimas e ao veículo, mas também nas imediações da rodovia estadual RO 135, local público de livre circulação de pessoas, do Condomínio Residencial Ecoville e do loteamento urbano Cidade Jardim, áreas residenciais com centenas de moradores e frequentadores”.

Assim, requereu o Ministério Público que seja instaurada contra o denunciado a competente ação penal, citando-o dos termos da acusação, observando-se o rito próprio previsto no Código de Processo Penal, pronunciando-o para que, ao fim, seja julgado perante o Tribunal do Júri da comarca de Ji-Paraná, órgão competente para apreciação dos crimes dolosos contra a vida.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Justiça reconhece competência federal em processo sobre reintegração que beneficiará mais de 300 famílias

Santa Casa suspende visitas no hospital regional de Vilhena após 10 casos de Covid1-19

Prato Fácil do governo inicia atendimento em Jaru e Rolim de Moura

Sistema Diretivo do Sindsef se reúne na última atividade de 2024