Em Vilhena, Polícia avança em investigações da Operação Água Limpa
A Polícia Civil em Vilhena está mais perto de concluir o inquérito que investiga suposto esquema de corrupção no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
Segundo as apurações, a empresa MWX tinha características de ser uma empresa fantasma, pois existia apenas no papel, sem quadro de funcionários, e nem ponto comercial.
Ainda assim a prestou “serviços” desde 2011, recebendo cerca de R$ 250 mil da SAAE.
Com isso, os principais alvos da investigação se tornaram o proprietário da empresa MWX, um servidor público do gabinete do prefeito e o ex-diretor da autarquia, que foram indiciados e responderão por falsidade ideológica, peculato, associação criminosa e fraude em licitações.
Fortes indícios apontam no sentido de combinação de preços entre SAAE e a empresa MWX, durante as cotações. Outros donos de empresas foram ouvidos e também podem ser responsabilizados.
As investigações comprovaram que o dinheiro pago pelo SAAE à MWX, cerca de R$ 5 mil ao mês, ao invés de ir para a empresa, era entregue integralmente ao servidor público do gabinete do prefeito de Vilhena.
Descobriu-se que a esposa do servidor mencionado consta como sócia da empresa MWX. Ao ser interrogada, ela confirmou que a empresa nunca existiu de fato.
O ex-diretor do SAAE continua impedido de frequentar qualquer órgão público municipal e a empresa MWX teve as atividades suspensas em relação a prefeitura e com a autarquia.
As apurações seguem e prisões não são descartadas, especialmente se houver interferência nos trabalhos ou possibilidade de fuga para fugir da aplicação da lei penal.
Finalizada investigação, uma cópia será remetida ao Ministério Público para que sejam avaliadas as denúncias de improbidades administrativas.
A Polícia Civil solicitará ainda uma auditoria por parte do Tribunal de Contas (TCE) para analisar todos os processos licitatórios, já que houve outras licitações feitas pelas secretarias da prefeitura com a empresa investigada.
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