Fecomércio cobra do Itamaraty repúdio a decisão da Bolívia
A decisão do presidente da Bolívia Evo Morales em decretar uma lei que legalizará veículos roubados que circulam no seu país, foi recebida com criticas e indignação pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araújo Coelho. Essa atitude do presidente boliviano é uma forma de legalizar o crime, num gesto que demonstra desrespeito com o Brasil, importante parceiro comercial da América do Sul, afirmou Raniery, ressaltando que carros que entram na Bolívia são roubados principalmente do Brasil e usados como moeda de troca para fortalecer o tráfico internacional de cocaína.
Um documento está sendo enviado pela Fecomercio ao Ministério da Justiça pedindo que as fronteiras de Rondônia sejam patrulhadas com maior rigor. Outro será encaminhado ao Itamaraty, cobrando que o Governo Brasileiro reaja diante desse grave problema criado pela Bolívia.
O Brasil tem 3.126 quilomentros de fronteiras com a Bolívia, sendo quase a metade com o Estado de Rondônia, 1.342 quilomentros. Essa região fronteiriça não é patrulhada devidamente. Com o decreto de Evo Morales, as quadrilhas organizadas encontraram uma forma mais tranqüila de fortalecer o tráfico de drogas que usa o Estado como rota.
Fizemos questão de oficializar o nosso repúdio com um ato que pode nos causar grandes transtornos, declarou o presidente da Fecomércio na correspondência enviada ao Ministério da Justiça, citando o Plano Estratégico de Fronteiras lançado pelo Governo Federal para proteger os mais de dezesseis mil quilômetros de fronteiras, intensificando o patrulhamento nessa região.
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