Rondônia, 05 de novembro de 2024
Cidades

Garimpeiros reivindicam exploração 500 metros após a ponte no Rio Madeira

Em protesto desde o início da  manhã desta quinta-feira (29) no cruzamento das avenidas Migrantes com Farquhar, os garimpeiros formaram uma comissão de cinco pessoas que seguiu para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) para pedir a liberação do garimpo no Rio Madeira, iniciando na Área de Proteção Ambiental (APA) distante 500 metros na ponte. O protesto continua.



Dezenas de garimpeiros bloquearam o cruzamento das avenidas Migrantes e Farqhuar no Bairro Balsa, na manhã desta quinta-feira (29), em Porto Velho. Já foi registrado um pequeno conflito com a Polícia Militar, que solicitou reforço policial. Trânsito parado no local.

Garimpeiro há 10 anos, Francisco Souza Coutinho disse que existem mais de 200 balsas no rio que estão sendo impedidas de trabalhar. “Nossa reivindicação é que temos cinco mil metros de extensão até perto do Passarão. Nós pagamos nossos impostos, somos pais de família. A cidade de Porto Velho está dependendo dos garimpeiros. Tem mais de 200 balsas ali embaixo. Nós estamos há mais de uma semana parados. E a Polícia Ambiental prende nossas voadeiras, material de trabalho, motor, e não temos como ficar pagando R$ 3 mil para liberar. Porto Velho foi criado pelos garimpeiros e continua dependendo deles”, afirma Francisco.

Dezenas de garimpeiros bloquearam o cruzamento das avenidas Migrantes e Farqhuar no Bairro Balsa, na manhã desta quinta-feira (29), em Porto Velho. Já foi registrado um pequeno conflito com a Polícia Militar, que solicitou reforço policial. Trânsito parado no local.

O protesto iniciou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, impedindo o fluxo de veículo na Avenida Migrantes. O congestionamento segue até a Avenida Lauro Sodré. Houve princípio de confusão entre manifestantes e motoristas que queriam furar o bloqueio.

Também nesta quinta, os órgãos de segurança de Rondônia divulgaram a quinta fase da Operação Azougue, que combate a exploração ilegal no Rio Madeira. A operação de fiscalização se realizará de forma contínua, com caráter preventivo e repressivo, visando o cumprimento da legislação que proíbe a atividade na APA do Rio Madeira. No início desta etapa foram realizadas as prisões de duas pessoas, duas dragas, um rebocador e mercúrio. Após o início da operação, constatou-se, pelo menos por ora, a paralisação da exploração ilegal nessa área.

Recentemente, entrou em vigor a Lei Estadual nº 3.905, de 20 de setembro de 2016, que suspende em caráter definitivo as licenças de quaisquer atividades de extração de minério ou garimpagem no segmento do Rio Madeira, no perímetro da Usina de Santo Antônio até cinco quilômetros abaixo da ponte (a jusante do rio), nas margens direita e esquerda.

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