Rondônia, 23 de novembro de 2024
Cidades

Homem que matou mãe e filha é condenado a 33 anos de cadeia

Levado a Júri Popular no Fórum jurista Teixeira de Freitas de Ouro Preto do Oeste nesta terça-feira, o agricultor Norisvaldo Francisco Gomes (43), foi condenado a 33 anos e 3 meses de prisão pelo duplo homicídio contra a ex-mulher Maria da Gloria de Lima Gomes e da filha Nosliane de Lima Gomes, que tinha 15 anos, e foram cruelmente assassinadas na noite de 24 de junho de 2014.


No decorrer das investigações, a Polícia descobriu que o pai atraiu a filha com a promessa de que lhe daria R$ 500 para ela fazer tratamento dentário e disse que daria o documento do lote para a mãe dela. Sabendo que sua ex-companheira tinha ido à Defensoria Pública denunciá-lo por graves ameaças, Norisvaldo entrou em contato com a filha, e após a promessa de que iria entregar o dinheiro acabou convencendo a mãe a caminhar na rodovia estadual.

Os jurados entenderam que Norisvaldo praticou duplo homicídio, cada um triplamente qualificado, bem como dupla ocultação de cadáver. O acusado foi preso no dia 8 de agosto de 2014, após 1 mês e 19 dias de investigação.

No decorrer das investigações, a Polícia descobriu que o pai atraiu a filha com a promessa de que lhe daria R$ 500 para ela fazer tratamento dentário e disse que daria o documento do lote para a mãe dela. Sabendo que sua ex-companheira tinha ido à Defensoria Pública denunciá-lo por graves ameaças, Norisvaldo entrou em contato com a filha, e após a promessa de que iria entregar o dinheiro acabou convencendo a mãe a caminhar na rodovia estadual.

O juiz Haruo Mizusaki fixou a pena de 17 anos de reclusão e 1 ano e 6 meses e 15 dias-multa pela morte da Maria da Gloria, e de 18 anos de reclusão e 1 ano e 6 meses e 15 dias-multa pelo homicídio de Nosliane em um patamar superior, por se tratar a segunda vítima de uma adolescente. O julgamento teve inicio na manhã de terça-feira e só encerrou depois de 2 horas da madrugada desta quarta-feira.

Na acusação atuou a promotora Alba da Silva Lima, que destacou o trabalho dos delegados Roberto dos Santos da Silva e Ícaro Alex Soares Bezerra. Durante os depoimentos, a testemunha de defesa Leda Cassia da Costa tentou desqualificar os fatos e acabou sendo indiciada pelo juiz criminal e vai responder na Justiça.

ENTENDA OS FATOS

Segundo a investigação policial, na segunda-feira anterior ao desaparecimento, antes de desaparecer, Glória teria procurado o ex-marido e dito a ele que iria procurar a Justiça para exigir seu direito e da filha.

Os bens da família destituída com a separação incluíam um lote de aproximadamente 10 alqueires em Ouro Preto do Oeste e uma pequena chácara em Alvorada do Oeste. Enquanto viveu com Glória e sua família, Norisvaldo sempre aparentou ser um homem integro e acima de qualquer suspeita; ele frequentava a Congregação religiosa mais tradicional da linha vicinal.

AS EXECUÇÕES

As investigações constadas no Inquérito Policial revelam que Glória foi a primeira a ser golpeada por trás e teve morte instantânea. Nosliane presenciou a mãe ser atacada e também levou uma paulada na boca, que quebrou a mandíbula e dois sisos superiores. Com a paulada a adolescente não morreu, e por isso foi asfixiada.

Segundo as investigações, os corpos foram carregados e arrastados para o local onde foram encontrados. Ele ainda retirou o sutiã da garota, e colocou o corpo em situação para parecer que ela havia sido estuprada.

CONTRADIÇÕES

Durante as investigações o ex-marido, que era suspeito desde o começo, começou a entrar em contradição. A atual mulher do acusado chegou a levar depoimento escrito de tanta insegurança na hora de dar a versão que inocentava Norisvaldo. Os delegados Roberto dos Santos da Silva Ícaro Alex e Julio Cesar Souza Ferreira tomaram inúmeros depoimentos de parentes, amigos próximos, e até de um namorado da adolescente.

Testemunhas que prestaram depoimentos foram revelando momentos frios de Norisvaldo, como por exemplo, o fato de mentir de maneira dissimulada tentando manipular muitas pessoas ao mesmo tempo. Durante o julgamento o enredo de mentiras continuou, mas foi desmascarado e o réu condenado a 33 anos e 3 meses de prisão.

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