Impacto das hidrelétricas do Rio Madeira é monitorado
O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) está coletando semanalmente dados sobre a turbidez do Rio Madeira para monitorar os possíveis impactos que a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau possam trazer ao ecossistema do rio. Analisar a turbidez significa medir a resistência da água à passagem da luz e, assim, identificar a quantidade de sedimentos suspensos.
Segundo Ana Cristina Strava, coordenadora de operações do Sipam, os
sedimentos também são importantes para a sobrevivência de espécies no rio.
Técnicos e ambientalistas questionaram se o imenso volume de sedimentos poderia acabar retido nos reservatórios, num processo de decantação que impediria a passagem de água pelas turbinas e aumentaria a área alagada.
Segundo Ana Cristina Strava, coordenadora de operações do Sipam, os
sedimentos também são importantes para a sobrevivência de espécies no rio.
"Sedimentos em suspensão transportam a alimentação dos peixes, portanto, alterações podem afetar o equilíbrio da ictiofauna", explica. A simples presença das barragens já poderia trazer impactos, já que somente um rio com energia, ou seja, com águas correndo, pode carregar partículas.
Entretanto, o estudo de impactos ambientais prevê que alterações ocorram somente no início e aposta na recomposição do rio, a niveis iguais aos de hoje, após um período de tempo.
Trabalho interinstitucional
Para analisar essas alterações, o Sipam iniciou a coleta dados utilizando
sonda cedida pela Agência Nacional de Águas (ANA). Conectado ao
computador, o equipamento transmite os índices de turbidez, que são
registrados por acadêmicos de engenharia da Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (FARO). "Gosto da área e tenho satisfação em contribuir para análise do impacto das usinas a longo prazo", diz o estudante Felipe Archanjo.
Os primeiros resultados, referentes à cheia, foram objeto de estudo do
aluno Matheus Moura, que aponta que a turbidez triplicou entre novembro e dezembro e se manteve nesse nível até inicio de março. O projeto, já aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pretende gerar informações por cerca de 5 anos, comparando os índices no decorrer do tempo.
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