Rondônia, 15 de janeiro de 2025
Cidades

Impacto das hidrelétricas do Rio Madeira é monitorado

O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) está coletando semanalmente dados sobre a turbidez do Rio Madeira para monitorar os possíveis impactos que a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau possam trazer ao ecossistema do rio. Analisar a turbidez significa medir a resistência da água à passagem da luz e, assim, identificar a quantidade de sedimentos suspensos.



Segundo Ana Cristina Strava, coordenadora de operações do Sipam, os
sedimentos também são importantes para a sobrevivência de espécies no rio.
Técnicos e ambientalistas questionaram se o imenso volume de sedimentos poderia acabar retido nos reservatórios, num processo de decantação que impediria a passagem de água pelas turbinas e aumentaria a área alagada.

Segundo Ana Cristina Strava, coordenadora de operações do Sipam, os
sedimentos também são importantes para a sobrevivência de espécies no rio.

"Sedimentos em suspensão transportam a alimentação dos peixes, portanto, alterações podem afetar o equilíbrio da ictiofauna", explica. A simples presença das barragens já poderia trazer impactos, já que somente um rio com energia, ou seja, com águas correndo, pode carregar partículas.

Entretanto, o estudo de impactos ambientais prevê que alterações ocorram somente no início e aposta na recomposição do rio, a niveis iguais aos de hoje, após um período de tempo.

Trabalho interinstitucional

Para analisar essas alterações, o Sipam iniciou a coleta dados utilizando
sonda cedida pela Agência Nacional de Águas (ANA). Conectado ao
computador, o equipamento transmite os índices de turbidez, que são
registrados por acadêmicos de engenharia da Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (FARO). "Gosto da área e tenho satisfação em contribuir para análise do impacto das usinas a longo prazo", diz o estudante Felipe Archanjo.

Os primeiros resultados, referentes à cheia, foram objeto de estudo do
aluno Matheus Moura, que aponta que a turbidez triplicou entre novembro e dezembro e se manteve nesse nível até inicio de março. O projeto, já aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pretende gerar informações por cerca de 5 anos, comparando os índices no decorrer do tempo.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Orientações sobre pesca esportiva durante período de defeso são reforçadas pelo governo

Em Ji-Paraná, TCE constata situação crítica do Hospital Municipal e melhoria nos serviços de UPA

Justiça reconhece competência federal em processo sobre reintegração que beneficiará mais de 300 famílias

Santa Casa suspende visitas no hospital regional de Vilhena após 10 casos de Covid1-19