Irmão da vice-prefeita de Ji-Paraná pode estar envolvido no prejuízo de R$ 41 milhões da Previdência dos servidores

A Operação Caixa de Minas, deflagrada pela Polícia Federal, na última quinta-feira (25), para coletar provas em investigação que apura a prática de crimes envolvendo a gestão do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), teve início a partir de um depoimento prestado por um empresário na Procuradoria Geral do Município (PGM), divulgado pela mídia durante campanha eleitoral.
O advogado Zenildon Felbek narrou à população o suposto crime perpetrado pelo ex-presidente do Instituto de Previdência de Ji-Paraná, Evandro Muniz, que exercia o cargo em 2016. Segundo ele, Evandro teria recebido R$ 600 mil em propina pelos investimentos dos recursos da aposentadoria dos servidores de Ji-Paraná em títulos “podres”, causado prejuízos de cerca de R$ 40 milhões aos cofres públicos.
Evandro teria pedido ao amigo e empresário a guarda de R$ 200 mil e depois R$ 400 mil. Após sair do serviço público, o ex-presidente pediu a ele a compra de 3 carretas reboque de câmara fria, cuja complementação da operação foi feita pelo próprio dirigente do instituto com a venda de gado. Em seguida, o empresário repassou a propriedade dos veículos para Dináh Cordeiro Muniz, Obedes Muniz e Lucilia Muniz, esposa de Obede que tinha cargo comissionado na Assembleia Legislativa. Seu esposo é pastor de uma igreja evangélica e possui liderança política, razão pela qual seu apoio é disputado pelos políticos.
Com a revelação do esquema de corrupção e lavagem de capitais Evandro Muniz foi obrigado a desistir da campanha eleitoral passada, sendo substituído pela irmã, Marley Muniz. A notícia foi divulgada pela mídia de Ji-Paraná na época.
Operação da PF confirma investigação
Com as investigações da Polícia Federal foram obtidos indícios que indicaram a existência, em tese, de atos fraudulentos/temerários envolvendo investimentos realizados pelo Fundo de Previdência Social de Ji-Paraná no ano de 2016, que geraram prejuízos estimados em valor superior a R$ 41 milhões ao RPPS, sendo ainda constatado que parte dos valores foram revertidos como vantagens financeiras a pessoas ligadas à gestão do RPPS.
Os autores são investigados pelos crimes de gestão fraudulenta/temerária, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais, sem prejuízo de outros delitos porventura identificados no curso da investigação.
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