Rondônia, 03 de maio de 2024
Cidades

Ji-Paraná faz saúde para todo o estado, afirma secretário municipal

“Agora está tudo aqui, devidamente documentado”. Foram com estas palavras que o secretário de Saúde de Ji-Paraná, José Batista da Silva apresentou o Relatório de Gestão em Saúde referente ao ano de 2009, aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, na reunião que acontece todo fim de mês com todos os diretores de departamentos, divisões e unidades de saúde do município. O relatório comprova o que tem sido constantemente propalado pelo titular da pasta: “Não temos feito saúde só para o nosso município ou região, estamos fazendo saúde para todo o Estado”.



O levantamento traz números de serviços prestados a moradores de outros municípios que bem podem ser classificados como absurdos se comparados aos mesmos serviços prestados à população ji-paranaense.

Números absurdos

O levantamento traz números de serviços prestados a moradores de outros municípios que bem podem ser classificados como absurdos se comparados aos mesmos serviços prestados à população ji-paranaense.

Num total, por exemplo, de 41.161 internações e observações até 24 horas realizadas na rede municipal de saúde em 2009, apenas 27.853 são de ji-paranaenses, o restante, ou seja, 13.308 internações e observações são de moradores de outros municípios, inclusive de municípios que não são da abrangência da Regional Ji-Paraná, da Capital, Porto Velho (170), e até mesmo de outro Estado, como é o caso de Rondolândia/MT (250 internações e observações).

Com relação a partos realizados no Hospital Municipal, principal unidade de saúde da rede, Alta Floresta trouxe 22 parturientes para dar à luz em Ji-Paraná em 2009, Alvorada 51, Mirante da Serra 32, Ouro Preto do Oeste 31, Presidente Médici 93, Urupá 96, Vale do Paraíso 34, entre outros que somando chegam a um quarto do total de partos realizados em Ji-Paraná. Acontece, segundo explica Batista, que estes partos realizados no HM são entre normais e cesários, sendo que, em tese, todo município tem condições de realizar o parto normal, sendo totalmente desnecessário o deslocamento do paciente a Ji-Paraná para a realização do procedimento.

“O paciente sairia lá de Nova Mamoré, por exemplo, para ser atendido aqui se não tivesse certeza de que seria tratado? Não! Se ele vem é porque alguém disse que aqui a saúde está funcionando de verdade. Como de fato. Acontece que se atendêssemos só a nossa regional, não teríamos apenas um bom atendimento, mas um atendimento de excelência”, desabafou o secretário Batista.

Outro dado no mínimo curioso é o número de exames laboratoriais realizados na rede municipal de saúde em 2009: 277.516 exames. “É como se toda a população de Ji-Paraná tivesse adoecido e tido que fazer dois ou três exames cada um. Isso é simplesmente impossível”, ironizou o secretário.

“Não vamos, por causa disso, deixar de fazer saúde de qualidade, mas precisamos que as autoridades estaduais se sensibilizem quanto a esta realidade e não deixe que fiquemos sobrecarregados por causa da inoperância da saúde em outros municípios. Não podemos arriscar ter um colapso na nossa saúde apenas por estarmos fazendo o que todos deveriam fazer, ou seja, trabalhar em prol da saúde da população”, finalizou José Batista.

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