Líder indígena Almir Suruí vai a PF e confirma inquérito por calúnia e “fake news”

O líder indígena Almir Suruí esteve nesta segunda-feira na Delegacia da Polícia Federal em Ji-Paraná para pedir esclarecimento sobre o inquérito aberto a pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ele foi notificado de uma queixa-crime por supostas declarações caluniosas e propagação de fake news sobre a atuação do órgão durante a pandemia do novo coronavírus. Suruí é o segundo líder indígena processado pelo Governo Federal. O primeiro foi Sônia Guajajara, que disputou a presidência da República na chapa do líder do Movimento Sem-Teto, Guilherme Boulos.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (API) prometeu recorrer e defender ambos na esfera judicial. Almir Suruí, em entrevista a CNB de Porto Velho, lamentou a atitude da Funai cujo “órgão esperava proteção” e não acusações “infundadas”. O líder indígena liderou uma campanha de arrecadação de alimentos para complementar a cesta alimentar de vários povos indígenas e fez duras críticas ao Governo Federal pela morosidade em garantir as vacinas contra Covid-19 e ser complacente com garimpeiros em terras indígenas. A Funai e a Polícia Federal não falaram sobre o assunto, alegando sigilo do inquérito.
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