Rondônia, 28 de dezembro de 2024
Cidades

MP denuncia 14 integrantes de organização criminosa responsável por invasão de terras

O Ministério Público de Rondônia, por meio da Promotoria de Justiça de Machadinho do Oeste ofereceu denúncia contra 14 pessoas identificadas como integrantes de organização criminosa responsável por invasão de área privada no município.

As investigações tiveram início ainda no ano de 2019 pela Polícia Civil de Machadinho do Oeste. Após diligências, operações conjuntas entre as Polícias Civil e Militar e decisões judiciais de reintegração de posse, obteve-se êxito em identificar a existência de organização criminosa voltada à prática de esbulho possessório, roubo, incêndio, posse e porte de arma de fogo e desobediência.

Apurou-se que os membros da organização criminosa organizaram e incentivaram terceiros para invasão de área particular, com utilização de armas de fogo para garantir a detenção ilegal. Promoveram ocupação mediante violência e grave ameaça e sob a falsa promessa de regularização da área pelo INCRA.

Na ORCRIM havia pessoas que exerciam função de segurança armada, de arregimentação de pessoas, negociação de armas de fogo, dentre outras atividades necessárias à organização e manutenção de invasores acampados na área pretendida.

Durante as investigações e diligências foram apreendidas armas de fogo, fogos de artifício (utilizados para avisar sobre a presença de terceiros ou da polícia), além de coletes balísticos, evidenciando a periculosidade do grupo.

Foram expedidos mandados de prisão preventiva pelo 2º Juízo da Comarca de Machadinho do Oeste, sendo que 12 dos denunciados encontram-se foragidos, já que não localizados nos seus endereços.

Esta é a segunda organização criminosa com atuação na Comarca identificada após recentes atuações dos órgãos estatais. A primeira foi a ORCRIM responsável pela invasão da Resex Aquariquara, cujos líderes encontram-se presos, respondendo a ação penal pelos crimes praticados.

Importa informar que os líderes dessas organizações criminosas, objetivando lucro, atuam mediante falsa promessa de regularização de áreas, e utilizando-se de falsas informações para ludibriar e colocar em risco terceiros, inclusive crianças e idosos.

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