LCP invade fazenda no interior do estado e PM diz que sofreu emboscada
Desde a manhã desta quinta-feira (21), aproximadamente 100 policiais militares, agentes da Polícia Civil e um oficial de Justiça montaram o cerco para tentar a reintegração de posse da Fazenda Bom Futuro, localizada na Linha 14, a 20 quilômetros do município de Seringueiras, onde um grupo da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) , invadiu a propriedade no último domingo (17). As informações são da PM e garantem que a LCP está bem armada.
Ainda de acordo com informações da Polícia Militar, ao invadir a fazenda, o grupo manteve refém o proprietário e os funcionários por várias horas, até expulsarem um a um do local. Parte da pastagem e as casas foram queimadas.
Na quinta-feira, com apoio do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) com o helicóptero Falcão 02, os policiais foram recebidos por integrantes do grupo, que fecharam a ponte de acesso ao local com três tratores e duas motocicletas pertencentes à fazenda, todos banhados com gasolina. Homens encapuzados aguardavam embaixo da ponte, e outro grupo foi de encontro com o comboio policial levantando bandeiras brancas, para ludibriar a polícia.
Quatro suspeitos foram vistos pela equipe da aeronave entrando na mata, dando a entender que o grupo havia armado uma emboscada, e antes mesmo da negociação ser iniciada, vários tiros foram disparados de dentro da mata contra o helicóptero. A polícia acredita ainda na possibilidade da implantação de explosivos embaixo da ponte, explicando os veículos encharcados de combustível fechando a passagem.
Segundo a PM, o grupo que fingia querer se entregar recuou rapidamente, deixando claro que se tratava de uma armadilha. Para preservar a tropa e o derramamento de sangue, o comboio também recuou, enquanto os policiais do NOA atiravam em direção a mata, de onde os quatro atiradores atacavam escondidos.
O delegado Henrique Bittencourt revelou que nos próximos dias nova ação policial deve ser montada para cumprir o mandado de reintegração de posse da propriedade, mas a estratégia está sendo discutida pelo núcleo de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec).
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