O TORMENTO CONTINUA NA RODOVIA QUE LIGA O ACRE AO RESTANTE DO BRASIL
Por Jairo Barbosa - Direto da entrada da Ponta do Abunã - A fila na margem da BR na chegada ao distrito de Jacy- Paraná (distante 90 km de Porto Velho), é a prévia do que pela frente, o motorista que pretende trafegar até Rio Branco, no Acre, vai precisar: muita paciência e habilidade ao volante para chegar ao destino final.
O tráfego intenso de carretas pelo local provocam danos no solo, onde antes existia asfalto. A água fez surgir um grande buraco e por causa das chuvas na região o atoleiro logo se formou. Somente naquele trecho está a primeira equipe de uma empresa contratada pelo DNIT para “consertar” a estrada e evitar que a passagem dos veículos volte a ser interditada.
Cerca de 77 km a frente está o segundo trecho critico da BR-364. São poucos mais de 200 metros, mas apesar de menos extenso, lá o problema é maior. Nos dois sentidos a fila é enorme. Caminhoneiros e motoristas de carros pequenos aguardam a conclusão de um serviço de reparo para seguir viagem. Na noite anterior, um caminhão que levava frango para o Acre atolou e só foi retirado do atoleiro na manhã da última quarta-feira (16), depois que uma máquina pesada o puxou.
O tráfego intenso de carretas pelo local provocam danos no solo, onde antes existia asfalto. A água fez surgir um grande buraco e por causa das chuvas na região o atoleiro logo se formou. Somente naquele trecho está a primeira equipe de uma empresa contratada pelo DNIT para “consertar” a estrada e evitar que a passagem dos veículos volte a ser interditada.
O encarregado do serviço é Ademar Kloch, que representa a CCM construtora. A empresa levou para o trecho uma única máquina, insuficiente para atender a demanda, o que gera reclamações constantes dos caminhoneiros. “Esse DNIT num tá nem ai pra essa BR. Os engenheiros vem aqui, olham pro buracos e vão embora, não resolvem nada” reclama o caminhoneiro José Machado, que saiu de São Paulo no último sábado transportando madeira. Em fevereiro ele tentou levar para o Acre 36 toneladas de trigo, mas desistiu da viagem ao saber das condições da rodovia e descarregou o produto em Porto Velho. “Se eu soubesse que a estrada estava nessas condições, não teria saído de casa”, lamentou.
Segundo atoleiro tem 800 metros
Na altura do km 880, o que representa 177 km saindo de Porto Velho em direção a Rio Branco, está o ponto mais critico da rodovia depois da enchente. São aproximadamente 800 metros de um trecho com extensos buracos, muita lama e um profundidade de 50 cm, que impede a passagem de carros menos potentes. A todo momento as tentativas de vencer o terreno terminam sobre o camaleão (espessura de terra que foram no meio da pista) e trava qualquer veiculo.
Um caminhão com 6 toneladas d frango, de propriedade de uma rede de supermercado teve problemas no motor de tanto o motorista forçar. Foi preciso usar uma máquina pesada para arrasta-lo e tira-lo do buraco. A essa altura a fila atingia os 3 km de ambos os lados. Lá também as equipes do DNIT apenas acompanharam de longe o esforço dos anônimos. Dois engenheiros abordados pela reportagem se recusaram a falar, se escondendo por entre os caminhões.
NOTA DA REDAÇÃO: Por um erro de edição a palavra "Restante" não foi publicada no título original da notícia. A correção já foi feita. Pedimos desculpas pelo problema, que acabou gerando indignação.
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