PF em Rondônia deflagra Operação Adamas de combate à exploração ilegal de diamantes
A Polícia Federal desencadeou na manhã desta quarta-feira, a Operação Adamas, objetivando o combate à extração e comercialização ilegal de diamantes que saem do garimpo da Reserva Indígena Roosevelt, município de Espigão Doeste em Rondônia.
Foi mobilizado um efetivo de cerca de 200 policiais federais para a operação, que tem como objetivo o cumprimento de 16 mandados de prisão temporária, 2 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão, dentre os quais, 9 prisões em Espigão Doeste/RO, 1 prisão em Monte Negro/RO, 1 prisão em Teófilo Otoni/MG, 4 prisões em Patos de Minas/MG, 2 prisões em Brasília/DF, e 1 prisão em São Paulo/SP. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Ji-Paraná/RO e Cuiabá/MT.
A ação ocorreu simultaneamente nos municípios de Espigão Doeste, Cacoal, Monte Negro e Ariquemes, todos no Estado de Rondônia; Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Patos de Minas, Coromandel e São Gonçalo do Abaeté, em Minas Gerais; Juína e Cuiabá, no Mato Grosso; Campo Grande/MS; Goiânia/GO; Brasília/DF e São Paulo/SP.
Foi mobilizado um efetivo de cerca de 200 policiais federais para a operação, que tem como objetivo o cumprimento de 16 mandados de prisão temporária, 2 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão, dentre os quais, 9 prisões em Espigão Doeste/RO, 1 prisão em Monte Negro/RO, 1 prisão em Teófilo Otoni/MG, 4 prisões em Patos de Minas/MG, 2 prisões em Brasília/DF, e 1 prisão em São Paulo/SP. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Ji-Paraná/RO e Cuiabá/MT.
A investigação indicou a existência de uma organização criminosa dividida basicamente em dois ramos de atividade ilícita. O primeiro atua fortemente junto ao garimpo, na atividade de extração propriamente dita. O segundo grupo atua diuturnamente na negociação das pedras preciosas obtidas ilicitamente, arregimentando compradores e intermediários interessados em adquirir os minérios e repassá-los a outros compradores localizados em diversos Estados da Federação.
No decorrer das investigações, foram realizadas 7 (sete) apreensões de diamantes, o que reforçou ainda mais o conjunto de provas colhidas até o momento. A apreensão mais recente se deu no aeroporto de Cuiabá/MT, quando um dos investigados transportava 24 pedras de quilates diversos. Em uma das apreensões anteriores, ocorrida em 24/03/2010, uma única pedra de diamante de cerca de 1 centímetro de diâmetro, com 28 quilates, foi avaliada por peritos criminais federais em R$ 233.000,00 (duzentos e trinta e três mil reais), o que indica que a quadrilha movimentava minérios de grande valor. Todas as apreensões realizadas alcançaram o valor aproximado de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
As ações da Polícia Federal na Reserva Roosevelt, iniciadas no ano de 2004, já alcançaram a apreensão de aproximadamente 3.000 quilates de diamantes. Somente neste ano, a Polícia Federal já realizou no Estado de Rondônia a apreensão de 419 quilates de diamantes ilegalmente extraídos da reserva Roosevelt, com a prisão de 4 pessoas, envidando esforços na defesa dos indígenas e com o objetivo de encerrar as atividades garimpeiras ilegais na região.
O nome da operação vem do grego ADAMAS, que significa indomável ou inflexível, termo usado por escritores gregos para definir pedra de dureza impenetrável, como o diamante.
Os presos deverão responder pelos crimes dos artigos 2º, caput e §1º da Lei 8.176/91 (usurpação de bem da União); 55 da Lei 9.605/98 (extração ilegal de minerais); 180, §§1º e 2º (receptação qualificada); 288 (quadrilha ou bando); 299 (falsidade ideológica) e 347, parágrafo único (fraude processual qualificada), todos do Código Penal.
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