Prefeito de Ariquemes manda liberar para escolas livros censurados por ele e vereadores
Caberá aos diretores de cada escola de Ariquemes decidir sobre o uso pedagógico dos livros censurados pelo prefeito Thiago Flores e considerados por ele e pela Câmara como possíveis de influenciar os alunos com “Ideologia de Gênero”. Thiago e os vereadores decidiram suprimir as páginas, mas a polêmica chegou ao Ministério Público, que impetrou ação para manter a distribuição.
Perante o Ministério Público, os diretores reiteraram que o material didático não possui conteúdo de “ideologia de gênero”, mas de diversidade familiar e que a discussão desse tema em sala de aula é necessária e importante, uma vez que bulling, homofobia e a presença de alunos oriundos de famílias diversas é uma realidade nas escolas, mesmo nas séries iniciais, como também obrigatória, já que a Lei Municipal que trata do Plano de Educação de Ariquemes, determina a promoção da Diversidade e tem como meta o respeito à diversidade.
Os diretores informaram que Thiago Flores esclareceu que os livros se encontram disponíveis nas bibliotecas de cada Escola e orientou que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com a necessidade e a proposta pedagógica de cada turma. Assim, repassou a responsabilidade da decisão de distribuição e da forma de distribuição aos gestores escolares.
Perante o Ministério Público, os diretores reiteraram que o material didático não possui conteúdo de “ideologia de gênero”, mas de diversidade familiar e que a discussão desse tema em sala de aula é necessária e importante, uma vez que bulling, homofobia e a presença de alunos oriundos de famílias diversas é uma realidade nas escolas, mesmo nas séries iniciais, como também obrigatória, já que a Lei Municipal que trata do Plano de Educação de Ariquemes, determina a promoção da Diversidade e tem como meta o respeito à diversidade.
Também se ressaltou a gravidade de se expor um tema tão sensível e técnico de forma precipitada e amadora em redes sociais, sem uma conversa ou consulta aos profissionais de educação, que agora são questionados por parcela da sociedade, que manifesta temor e desconfiança com todo o sistema municipal de educação, inclusive, fragilizando o sistema educacional, já que a competência da escola tem sido questionada após a celeuma.
Instada a esclarecer qual será o suporte dado aos diretores, para esclarecer os pais acerca da importância da apresentação e discussão do conteúdo de diversidade familiar, que vem sendo alvo de polêmica na comunidade ariquemense, após o clima de terror e homofobia gerado através de postagens oficiais da Prefeitura nas redes sociais, a Secretária de Educação, Cleuzeni de Jesus, declarou que cada escola irá receber um documento com as orientações a serem seguidas e reforçou que “o livro está disponível e será utilizado de acordo com a proposta pedagógica de cada escola”.
Acrescentou que “será feito um trabalho de conscientização aos pais, de que o conteúdo dos livros faz parte do currículo e tem que ser trabalhado” e ainda que, em termos de segurança, a prefeitura de Ariquemes já pensou em tudo “que será dado amparo, serão feitas palestras, informação, conscientização, mostrar para os pais a realidade do que está nos livros”.
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