Rondônia, 11 de janeiro de 2025
Cidades

Prefeito instala gabinete para gerenciar crise



Segundo o gestor, três pessoas encabeçam a equipe que tem a missão de buscar ações que possam sanear as contas municipais: o vereador Juninho do Frigorífico, representando o legislativo municipal, junto com a controladora do município e o vice-prefeito, também atual secretário de finanças Luizão do Trento. Junto com as demais entidades, como o Observatório Social, a ideia é mostrar a real situação do setor financeiro da prefeitura e tomar providências.

O prefeito de Rolim de Moura, Cesar Cassol, iniciou nesta quarta-feira (03) uma série de entrevistas que dará aos meios de comunicação do município, para explicar a real situação das contas públicas, herdadas da gestão passada. Durante o programa Balanço Geral, da TV Candelária – afiliada da Rede Record –, ele elencou o volume dos débitos atuais, a situação da receita e um gabinete de gerenciamento de crise que acaba de constituir no município.

Segundo o gestor, três pessoas encabeçam a equipe que tem a missão de buscar ações que possam sanear as contas municipais: o vereador Juninho do Frigorífico, representando o legislativo municipal, junto com a controladora do município e o vice-prefeito, também atual secretário de finanças Luizão do Trento. Junto com as demais entidades, como o Observatório Social, a ideia é mostrar a real situação do setor financeiro da prefeitura e tomar providências.

“É uma situação delicada. Herdamos mais de R$ 10 milhões em dívidas com folha de pagamento, encargos trabalhistas, rescisões, contas de água, telefone, energia e com fornecedores da prefeitura. Já pagamos um pouco, mais de R$ 3 milhões e estamos honrando com o compromisso de pagar em dia o servidor e as contas que fizemos. Isso tem prejudicado novos investimentos. Esses pagamentos inviabilizam novos investimentos”, explicou.

Ao instalar o gabinete que pensará em soluções para os problemas financeiros da casa, o prefeito também anunciou o corte de boa parte dos portariados do município. A medida já é uma das primeiras atitudes do chefe do executivo para diminuir os custos da folha de pagamento, estimada hoje em cerca de 60% da arrecadação, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Para evitar fechar o índice do ano acima do limite - 54% -, diz que mais decisões virão.

 “O Cesar empresário é uma pessoa, o prefeito é outra. Como gestor público, tenho que agir com pulso firme, com rigor, já que me confiaram o comando da prefeitura. É por isso que desde que assumi eu digo que preciso da ajuda de todos, que sozinho não daria conta. E é verdade. Quero tudo as claras. Já convidei o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a polícia civil, todo mundo para ir para dentro da prefeitura e acompanhar tudo”, disse.

Além do primeiro corte de cargos em comissão, o prefeito também estuda reduzir os salários deste grupo de forma global. Outra medida já tomada é a extinção da secretaria de licitações. O departamento volta para a secretaria de administração, como era antes, reduzindo cargos e despesas. O gestor encerrou a entrevista dizendo que um dos desafios de sua equipe é aumentar a receita do município, para compensar as perdas dos repasses federais.

“Muito das dificuldades que estamos passando agora é por conta também da diminuição do repasses estaduais e federais de receita. A presidente Dilma deu novamente essa isenção de IPI para as montadoras e, como isso, retira receita que viria para os municípios. Ela faz política com o chapéu dos outros. Por isso peço a comunidade que me ajude. Pague seus tributos, IPTU, ISS, vamos melhorar a arrecadação de receita própria. Todos sairão ganhando”, lembrou.
 

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