Prefeitura de Ji-Paraná comemora arborização na cidade, mas mudas são distribuídas em local distante
Para registrar a marca de 6.500 mudas de árvores plantadas na área urbana de Ji-Paraná, o prefeito Jesualdo Pires, acompanhado da secretária municipal de Meio Ambiente, Kátia Casula, de assessores e de vários jornalistas, realizou ele próprio o plantio simbólico de pés de ipê no canteiro central de uma das principais avenidas da cidade, a avenida Menezes Filho, localizada no Primeiro Distrito.
Esta ação serve para incentivar o Programa Municipal de Arborização que, desde o início da atual gestão da Prefeitura, já plantou e distribuiu à população quase 80 mil mudas.Tal ação deriva do reconhecimento de que Ji-Paraná é carente de áreas verdes e necessita de um trabalho de repovoamento de árvores, principalmente as nativas, em ruas, avenidas e praças do município. “Esse trabalho está sendo feito desde o início de nosso mandato. Já são 77 mil mudas entregues aos cidadãos. Nós também plantamos exórias, palmeiras e muitas outras espécies em vários pontos da cidade, especialmente na BR e também nos canteiros centrais das principais avenidas”, declarou o prefeito.
Este esforço tem na retaguarda a revitalização do Viveiro Municipal, onde estão sendo cultivadas, neste momento, algo em torno de 23 mil mudas e que estão disponíveis para serem entregues às pessoas que lá comparecerem. “O Viveiro Municipal tem aumentado cada vez mais a sua produção nos últimos três anos e, com isso, temos oferecido muitas mudas gratuitamente não apenas para as pessoas da cidade, quanto para aquelas da zona rural”, afirmou a secretária Kátia.
Ela alerta, no entanto, que antes de buscar as mudas é preciso ir até a sede da Semeia, na avenida Menezes Filho, esquina com a Rua Júlio Guerra, no bairro Dois de Abril. Lá o cidadão pega uma autorização e recebe orientações sobre que tipo de árvore é interessante para os seus propósitos, como deverá ser o plantio e os cuidados necessários para um crescimento saudável. Só depois é que se pode comparecer à sede do Viveiro, tarefa que não é das mais fáceis porque o Viveiro fica bem distante, na extremidade no Segundo Distrito.
Ozilanda de Souza, autônoma, acha a ideia da prefeitura louvável, mas entende que o Viveiro é fora de mão e muito longe. “Melhor seria se tivesse um evento em um lugar mais central, onde as plantas estivessem à disposição. Podia fazer no Gerivaldão onde já é feito uma outra feira todos os anos”, opina. O frentista Paulo Miranda da Silva concorda que é preciso mais árvores na cidade, principalmente em pontos de ônibus e perto de escolas e que a prefeitura precisa continuar neste trabalho de cultivo de mudas gratuitas. Mas frisou que só irá ao Viveiro Municipal em caso de muita necessidade porque o local é muito deslocado. Sueli Carvalho, proprietária de uma farmácia próxima à Rodoviária, também sugere a criação de um evento para que as pessoas tenham mais acesso às plantas. “Podia fazer uma feira no final de semana, quem sabe em frente ao Feirão do Produto, debaixo do pé de manga, uma árvore que espero que ninguém corte”, arremata. Ele sugeriu ao prefeito que faça mais praças na cidade e com muitas árvores.
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