Sem local adequado, camelôs ocupam praças há mais de dois anos na capital
Confecção, conserto de relógios, sorveterias, lanchonete e muitos outros seguimentos ocupam calçadas e praças de Porto Velho. A falta de um espaço adequado vai deixando a capital de Rondônia cada vez mais feia e bagunçada. São trabalhadores que foram despejados pela enchente de 2014 e que, mais de dois anos depois, ainda não conseguiram de restabelecer. A promessa é a construção de um novo shopping popular para abrigar os permissionários na Rua Euclides da Cunha, mas por enquanto, apenas a sujeira e uma velha estrutura são abrigadas naquele local.
Os camelôs que precisaram retirar suas mercadorias reclamam do prejuízo financeiro, não só pelos dias sem vender, mas por ter que remontar toda a estrutura após a retirada das árvores. É o caso de Dacilene Chaves. Ela diz que tudo era montado com material frágil. “Se desmonta, não tem como utilizar novamente. Tivemos que comprar madeira, lona, tudo de novo. Sem contar os dias que ficamos sem vender”, lamenta a vendedora.
A comerciante Helen Paula, de 28 anos, que pelo menos desta vez a prefeitura cumpriu o que prometeu e os ambulantes puderam retornar ao espaço. “Nós ficamos aqui vigiando durante todo o final de semana, acompanhamos a derrubada, e eles cumpriram com o prazo dado por eles. Ainda bem que a gente não teve problemas na hora de voltar com nossas mercadorias”, afirma Helen.
Em outras praças, a reclamação também é geral. Mas, a maioria diz já estar cansado de reclamar e nada mudar.
Para saber que providências o município está tomando para melhorar a situação dos camelôs, a assessoria de comunicação da prefeitura indicou Carlos Eduardo, coordenador de espaço público da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócioeconômico e Turismo (Semdestur). O Rondoniagora tentou entrar em contato com Carlos Eduardo, nos últimos dois dias, mas não obteve resultado.
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