Semusa alerta sobre risco de contaminação por leptospirose durante cheias em Ji-Paraná
Com a cheia dos rios Urupá e Machado, que já atingiu mais de 600 residências nos meses de fevereiro e março, aumenta também o risco de contaminação por leptospirose. Por esse motivo, a Prefeitura de Ji-Paraná faz um alerta e destaca os cuidados a serem tomados.
Durante o período pós-enchente, com o nível dos rios começando a baixar, cresce a preocupação da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) com hepatite A, leptospirose, dengue, malária e febre amarela, além do risco de acidentes com animais peçonhentos.
“Com as enchentes, há o aumento das chamadas doenças hídricas e no número de acidentes com animais peçonhentos. Por isso, existe a preocupação sobre o período após a enchente. Para evitar a contaminação, é realizado um trabalho informativo com as famílias atingidas, orientando essas pessoas sobre essas doenças”, explicou Alinny Rezende Santos Ferreira, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Semusa.
Entre os cuidados tomados pela prefeitura, está a distribuição gratuita de hipoclorito de sódio (2,5%) para tratamento da água potável e higienização de alimentos. Além disso, a Semusa formou uma comissão de enfrentamento, com representantes da Saúde do Governo de Rondônia e da Prefeitura de Ji-Paraná, que fazem parte do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMSPDEC).
Para evitar o contágio pela leptospirose, a população deve evitar, ao máximo, o contato com as águas da enchente. Caso não seja possível, é recomendável o uso de botas e luvas de borracha e lavar as áreas que tiveram contato com a água.
“As pessoas podem contrair a leptospirose quando entram em contato com a água ou lama contaminadas pela urina do rato, por meio de um ferimento, um arranhão, contato com boca ou olhos. Nessas situações a bactéria penetra no organismo e causa a doença”, alertou a diretora da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), Vanda Aparecida Basso.
Em 2022, os rios Machado e Urupá transbordaram três vezes, atingindo mais de 600 famílias que moram às margens dos rios. Na maior delas, em fevereiro, as águas do Machado atingiram 11,84 metros de profundidade, superando a marca de 2014, ultrapassando a marca histórica registrada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
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