Sindicato em Cacoal reivindica aumento de 25%; média de remuneração dos professores é superior a R$ 4 mil

Somando salários e benefícios os servidores de Cacoal estão entre os mais bem remunerados do País. Eles ameaçam entrar em greve na próxima terça-feira (30), em uma ação patrocinada pelo Sinsemuc, que reivindica 25% de aumento nos vencimentos dos trabalhadores e mais auxílio-saúde no valor de R$ 500,00.
Expedido pelo Sinsemuc e protocolizado na prefeitura de Cacoal, o documento oficial sindical apresenta a pauta reivindicatória e anuncia a paralização dos servidores de toda estrutura administrativa por tempo indeterminado, caso não sejam atendidos até terça-feira.
Na página de uma rede social do Sindicato, o líder sindical Ricardo Sérgio Ribeiro defende a paralisação e cobra posicionamento da atual gestão municipal. “Greve só atrapalha o aprendizado. As aulas nunca são repostas e quem perde é o aluno”, opina a comerciante Andressa Júlia.
Os salários estão em dia e são pagos dentro do mês trabalhado. A folha de pagamento está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), segundo a Secretaria de Administração. Ao ultrapassar o limite, o município fica impedido de receber novos recursos e repasses financeiros em convênios de saúde e educação, por exemplo.
“Nos primeiros quatro meses deste ano, a arrecadação registrou queda de R$ 5 milhões, reflexo da crise brasileira. Só a folha de pagamento consome R$ 6 milhões todos os meses”, compara o secretário de fazenda, João Batista, que já lançou o programa de Regularização Fiscal de Rondônia (Refis), com objetivo de impulsionar a arrecadação.
Um servidor com nível médio recebe cerca de R$ 1.300,00, a menor remuneração paga pela administração. A média de vencimento dos professores de nível superior está em R$ 4 mil. O Sindicato reivindica novos benefícios, como o auxílio-saúde de R$ 500,00.
“Em tempo de crise em que o desemprego assola toda parte do Brasil é inadmissível que servidores públicos compactuem com aumento abusivo dessa natureza. Sobre o valor do auxílio-saúde é uma brincadeira isso, não?”, questiona o acadêmico Rodrigo Ramalho.
Servidor de carreira disse que todo aumento é bem-vindo. “Quem não quer aumento de salário? Eu não me meto em greve. Emprego tá difícil”, disse, pedindo sigilo do nome temendo represália sindical.
A prefeita Glaucione Rodrigues informou que instituiu uma comissão permanente de negociação para cuidar especialmente de situações desta natureza. “A administração pública está aberta ao diálogo e disposta a conversar com os sindicalistas”.
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