Terapeuta ocupacional que abusou de crianças autistas é condenado a mais de 22 anos de prisão
Um terapeuta ocupacional, que trabalhava na Apae em Buritis, foi condenado a 22 anos e 6 meses de reclusão, por estupro de vulnerável contra 4 crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As vítimas têm idades entre 5 e 12 anos. A condenação foi pedida pelo Ministério Público do Estado, através da promotora de Justiça Elba Souza de Albuquerque e Silva Chiappetta
O réu está preso desde meados de 2023. Na época, a prisão temporária foi solicitada pelo MP após denúncias feitas pelo Conselho Tutelar. Mães notaram mudanças no comportamento dos filhos e as investigações levaram à identificação do crime.
No decorrer do processo as vítimas passaram por escuta especializada e depoimento especial, onde traçaram o modus operandi dos abusos. Os crimes aconteciam nas dependências da Apae durante atendimento dos pacientes.
Conforme consta na sentença, a magistrada Márcia Regina Gomes Serafim destacou que não se pode esquecer da especial condição das vítimas, as quais possuem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A juíza salientou ainda que, “embora os infantes tenham encontrado algumas dificuldades de fala para esclarecimentos dos fatos na fase judicial, conseguiram, de forma individualizada, expressar os constrangimentos vivenciados nas dependências da sala pelo acusado”.
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