Trabalhadores em educação fazem manifestação em Ariquemes
Os trabalhadores em educação estaduais de Rondônia, em greve desde o último dia 21 de fevereiro, adotaram a estratégia de diversificar os locais onde serão realizadas as manifestações. Nessa quinta-feira (22), os atos públicos são realizados em Ariquemes, com a participação de caravanas de todo o estado.
Segundo o Sintero, a manifestação inclui caminhadas pelas ruas do centro comercial, com uma parada em frente à casa do governador Confúcio Moura.
O governador não estaria em Ariquemes nesta quinta-feira, mas o objetivo da manifestação é chamar a atenção da sociedade rondoniense para o descaso com que o governo trata a educação.
A presidente do Sintero, Lionilda Simão, destacou que a categoria está unida e disposta a lutar por quanto tempo for necessário, pois já não aguenta mais a falta de política salarial do governo.
“Estamos com salários mais do que defasados, o governo não cumpre a lei federal do piso do magistério, não cumpre a lei estadual que distribui as verbas da educação e não cumpre os compromissos firmados na lei do Plano de Carreira. A nossa indignação e revolta é porque a administração do governador Confúcio Moura só sabe alegar falta de recursos para a educação, enquanto se tem notícias de que o dinheiro público é esbanjado em outras áreas e escorre pelo ralo”, disse.
Nesta sexta-feira (23), o governo deve apresentar ao Tribunal de Justiça os levantamentos acerca da quantidade de pedidos de aposentadoria represada e o que isso representa em valores que podem ser utilizados para melhorar os salários da educação.
Há mais de três anos o Sintero vem denunciando que existem mais de mil pedidos de aposentadoria parados nos órgãos do governo, de servidores que estão aguardando em casa para se aposentarem.
O Sintero também cobra transparência na utilização dos recursos economizados pelo Estado com a transposição de servidores para a folha da União. “O governo não diz quanto já economizou com a transposição, embora tenha prometido que esses recursos seriam utilizados para aumentar o salário dos servidores que ficarem na folha do estado”, disse a presidente do Sintero.
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