Rondônia, 05 de novembro de 2024
Cidades

Tripulação de helicóptero do Acre é afastada por causa de mulheres

O piloto e o co-piloto de um helicóptero de propriedade do governo do Acre foram afastados de suas funções nesta terça-feira (5) pela secretária Márcia Regina de Sousa Pereira, da Segurança Pública, por causa das fotos de duas mulheres dentro da aeronave.

As mulheres também foram fotografadas na companhia da tripulação e de policiais numa praia deserta do Rio Acre. Além do afastamento, a secretária determinou a abertura de sindicância para apurar as responsabilidades e prometeu aplicar sanções disciplinares.

A fotografias foram divulgadas em blogs do Acre. A secretária divulgou uma nota em que reprova a conduta da tripulação do helicóptero Cel. João Donato, que permitiu o ingresso de pessoas estranhas no interior da aeronave.

- O helicóptero do Estado tem realizado um trabalho sério e responsável - afirma a nota.

A secretária de Segurança lembrou que o helicóptero está há um ano em operação, já salvou vidas, ajudou a combater queimadas e apoiou o trabalho das polícias Militar e Civil no enfrentamento à criminalidade, alem de ter atendido ao Tribunal Regional Eleitoral nas últimas eleições para garantir acesso às regiões isoladas do Acre.

Apesar do desfecho no âmbito administrativo, o Ministério Público do Acre não se manifestou intenção de acompanhar o caso e apurar possível improbidade.

O helicóptero de R$ 7,9 milhões foi adquirido pelo governador do Acre Binho Marques (PT), após o ex-governador Jorge Viana, atualmente senador eleito, ter assumido o conselho de administração da fabricante Helicópteros do Brasil S.A (Helibras).

No mês passado, por causa de irregularidades na compra do helicóptero modelo Esquilo AS 350B2, adquirido em 2008 por R$ 7,9 milhões, o Ministério Público Federal (MPF) no Acre entrou com ação civil de restituição de patrimônio público para anular o contrato celebrado entre a empresa  (Helibras) e o Estado.

O valor corrigido, a ser devolvido pela Helibrás, caso a Justiça Federal decida pela anulação do contrato, é de R$ 9,2 milhões. Na fuselagem da aeronave foi pintada uma estrela vermelha. Para o MPF, a estrela do PT; para o governo, a estrela do Estado do Acre. VEJA MAIS NO BLOG DA AMAZÔNIA

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