Rondônia, 27 de novembro de 2024
Cidades

Trote violento manda universitários para o Hospital

Na noite desta segunda-feira, cinco calouros do curso de Agronomia do IESA – Instituto Superior da Amazônia em Vilhena, foram vítimas de queimaduras após terem sido atingidos por uma substância química (Creolina).


Por telefone, Nádia contou que o filho foi um dos menos atingidos pela brincadeira, na qual foram usados líquidos como tinta automotiva, creolina e até mata-rato. Pelo menos dez acadêmicos do curso de Agronomia da instituição ficaram feridos e alguns continuam internados.
Segundo Nádia, os calouros, incluindo garotas, estavam assistindo a aula quando os veteranos chegaram pela janela e anunciaram a “brincadeira”. Nenhum dos jovens, no entanto, esperava um ataque tão violento.
Nesta terça-feira, em seu perfil no Facebook, a professora de dança Nádia Martins Reis, postou a foto do filho de 17 anos, um dos atingidos por produtos tóxicos lançados por veteranos da Faculdade da Amazônia, na tentativa de promover um trote que acabou descambando para a violência.

Por telefone, Nádia contou que o filho foi um dos menos atingidos pela brincadeira, na qual foram usados líquidos como tinta automotiva, creolina e até mata-rato. Pelo menos dez acadêmicos do curso de Agronomia da instituição ficaram feridos e alguns continuam internados.
Segundo Nádia, os calouros, incluindo garotas, estavam assistindo a aula quando os veteranos chegaram pela janela e anunciaram a “brincadeira”. Nenhum dos jovens, no entanto, esperava um ataque tão violento.

Após a repercussão do episódio, a psicóloga Patrícia Clara, diretora da FAMA, também foi às redes sociais condenar a ação e prometer providências.

Veja a nota de repúdio emitida pela entidade.

NOTA DE REPÚDIO

A FAMA – Faculdade da Amazônia, torna público, o seu repúdio ao evento de trote praticado dentro do campus universitário, por alunos veteranos, no dia de ontem, 15 de fevereiro de 2016, eis que o trote violento é terminantemente proibido na Instituição, que já está envidando esforços para apurar a autoria do lamentável evento, em que foram molestados alunos ingressantes, pois, apesar de inexistir lei federal que coíba o trote nos ambientes universitários, é dever da Instituição fazê-lo.

Em que pese a inexistência de lei específica que puna o trote violento, é ele objeto de punição no ordenamento jurídico brasileiro, quando por exemplo, as brincadeiras de recepção a alunos novatos, por alunos veteranos, resvalam a órbita da lei penal, da lei civil e da lei administrativa. O Código Penal, por exemplo, pune a lesão corporal (art. 129, CP), o constrangimento ilegal (art. 146, CP), a injúria (art.140, CP), o homicídio (art, 121, CP). Na esfera civil, qualquer ato que viole a dignidade da pessoa humana, o seu autor é passivo de responder por perdas e danos morais e patrimoniais. Na esfera administrativa, o Regimento Interno da Instituição de Ensino Superior, prevê regras disciplinares, que se prestam a punir atos dos discentes incompatíveis com o ordenamento jurídico e a ética.

A responsabilidade de cada aluno veterano será rigorosamente apurada, através de Processo Administrativo Disciplinar, que já foi instaurado, a fim de que a cada acadêmico veterano envolvido sejam aplicadas as penalidades administrativas cabíveis, que vão desde a suspensão até a expulsão. No mesmo sentido, a FAMA encaminhará às autoridades competentes, as filmagens de seu circuito interno, bem como fotos registradas em celulares identificadoras de alguns alunos veteranos, para a adoção das medidas penais cabíveis à espécie.

A FAMA é uma instituição que prestigia, incentiva e promove a Educação Inclusiva, e tem como valor inegociável, a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, que se inscreve na Constituição da República do Brasil, como um de seus pilares de sustentação (art. 1º, inciso III, CF), a representar a própria âncora do Estado Democrático de Direito.
Nesse passo, e envolta num profundo sentimento de tristeza pelos atos praticados por alunos veteranos em face de alunos ingressantes, a FAMA vem a público, repudiar as ações desmedidas levadas a efeito em seu campus universitário, no dia 15/02/2016 e reafirmar o seu compromisso em defesa incondicional da dignidade da pessoa humana..
Equipe especializada de professores estará orientando as famílias dos alunos molestados, disponibilizando a elas e aos discentes ingressantes vítimas desse evento danoso, o devido atendimento.
Vilhena, 16 de fevereiro de 2016.

Profa. Mestra Patricia Clara Gomes da Silva Cipriano
Diretora Geral da FAMA

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