Rondônia, 22 de dezembro de 2024
Cenário Político

Noiva cobiçada na disputa pela Prefeitura de Porto Velho

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Não há uma única roda de conversa desde o boteco aos círculos do poder que não se fale sobre a eventual pré-candidatura do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) à prefeitura de Porto Velho. A maioria dos formadores de opinião aposta que o médico entra na disputa, inclusive contra a ungida do prefeito Hildon Chaves, a ex-deputada Mariana Carvalho (Republicanos). Nos bastidores, as conversas são extenuantes entre os principais adversários do atual prefeito. Já se falou em aliança entre Marcelo Cruz (Solidariedade) e Léo Moraes (Podemos), e até na troca de partido para que Fernando Máximo possa enfrentar o pleito eleitoral. O cenário correto hoje é o seguinte: Fernando quer muito ser prefeito de Porto Velho, mas precisa das bênçãos do governador Marcos Rocha e do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, hoje presidente da regional do União Brasil.

Compromisso firmado

Mas as bênçãos de Rocha e Gonçalves esbarram no compromisso de campanha firmado lá atrás pelo governador com o prefeito de Porto Velho. As duas forças políticas estariam na frente de batalha pela ex-deputada Mariana Carvalho. Por enquanto, o médico e parlamentar vem fazendo a lição de casa. Tem ligado para suas lideranças que apoiaram seu projeto para Câmara Federal, conversado com aliados e, literalmente, “brotado” em todo e qualquer evento que lhe dê visibilidade, especialmente aqueles que pautam a direita bolsonarista. 

Sinais...

As relações entre os líderes do Palácio Rio Madeira e do prédio do Relógio não andam boas. Ninguém tem coragem de afirmar o desgaste, mas os sinais são claros. O prefeito Hildon Chaves assinou o Decreto 19.775 homenageando a primeira-dama Luana Santos, secretária de Estado de Ação Social (Seas), com a Comenda Madeira-Mamoré. A cerimônia ocorreu na segunda-feira e mulheres de vários segmentos foram homenageadas. Mas a primeira-dama não apareceu. Por falar em primeira-dama, ela mudou o nome. Não é mais Luana Nunes de Oliveira Santos, quando assinava até 2022 documentos da Seas. Agora é Luana Nunes de Oliveira Rocha Santos.

Hildon cumpre acordo

Por outro lado, o prefeito de Porto Velho cumpre acordo. A cúpula do MDB procurou Hildon Chaves para fazer uma proposta de lançar um nome do seu secretariado à Prefeitura de Porto Velho com apoio do senador Confúcio Moura, deputado Lúcio Mosquini e do ex-senador Raupp. Hildon repeliu a proposta e reafirmou seu acordo com a ex-deputada Mariana Carvalho. 

Barbas de molho

Por falar em Hildon, pelo menos três nomes do seu primeiro escalão já estavam buscando nominatas para disputar a Câmara de Vereadores. Dois já desistiram: Robson Damasceno e Claudir Rocha. Um terceiro ainda nutre esperança. Fala em sair dia 4 de abril.

Polêmica em família

O vereador Marcelo Reis não irá concorrer a reeleição devido a problemas na Justiça, mas deve indicar a esposa, Marleide Soares como candidata à Câmara Municipal. O problema é que o cunhado, Raimundo Soares da Costa, o “Toco do Sticcero”, acreditava que ele seria o ungido.

Candeias

Chama muito a atenção o esforço da Câmara e Prefeitura de Candeias, administradas pelo vereador Francisco Aussemir Almeida. São seguidas as derrotas no Judiciário Estadual, Eleitoral e até o STF na tentativa de eleger o prefeito da cidade entre 4 paredes, ou seja, entre os próprios membros da Casa de Leis.

Ideia absurda

Ainda sobre Candeias, pior que do que tentar passar em cima da Lei foi a ideia do senador Marcos Rogério (PL), ao condenar a decisão pela eleição direta. Sua ideia era fazer com que os partidos políticos não indicassem candidatos e assim deixar o vereador Aussemir Almeida no cargo até o final do ano.

Bastidores

Lançada nesta quinta-feira (7), a Coluna Cenário Político vai analisar os bastidores políticos e eleitorais de Rondônia e do restante do país com várias publicações semanais. 

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