Rondônia, 05 de novembro de 2024
Eleições

CNJ DETERMINA CONTINUIDADE DE INVESTIGAÇÕES NO TRT; JUÍZA ISABEL CARLA TERÁ QUE SE EXPLICAR

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou, na 155ª sessão ordinária desta terça-feira (2/10), a continuidade e o aprofundamento das investigações contra os desembargadores Vulmar de Araújo Coêlho Junior e Domingos Sávio Gomes dos Santos, do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (Rondônia e Acre). Os magistrados são acusados de supostas irregularidades no pagamento de precatórios judiciais e infrações disciplinares, como ameaças a outros magistrados e servidores. Entre as irregularidades apontadas no Pedido de Providências (0002147-09.2012.2.00.000) está o suposto pagamento indevido de R$ 4 milhões em precatórios, beneficiando um grupo de advogados e o desaparecimento de R$ 10 milhões.


O conselheiro rejeitou a abertura de processo contra o juiz Domingos Sávio Gomes dos Santos e votou ainda pela inclusão da juíza Isabel Carla Piancentini, da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho/RO, entre os alvos da investigação.

Ao retomar o julgamento do caso nesta terça-feira, o conselheiro Silvio Rocha considerou os elementos indiciários coletados até o momento “frágeis e tênues” e votou pela continuidade das investigações. De acordo com o voto do conselheiro, os autos do procedimento devem ser remetidos à Corregedoria Nacional de Justiça, onde tramitam outros três procedimentos referentes aos mesmos fatos. Dessa forma, deve ser feita uma investigação conjunta de todos os fatos e de todos os envolvidos, a fim de identificar que fatos e que magistrados ou servidores devem ser alvo de um eventual PAD.

O conselheiro rejeitou a abertura de processo contra o juiz Domingos Sávio Gomes dos Santos e votou ainda pela inclusão da juíza Isabel Carla Piancentini, da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho/RO, entre os alvos da investigação.

Apesar de já considerarem os elementos suficientes para a instauração de um processo administrativo disciplinar, os conselheiros Wellington Saraiva e Gilberto Martins aderiram ao voto apresentado por Silvio Rocha, pelo aprofundamento das investigações. O voto divergente foi seguido também pelos conselheiros Emmanoel Campelo, José Roberto Neves Amorim, Carlos Alberto Reis de Paula, Ney de Freitas e Bruno Dantas.

Acompanharam o voto proferido pela então relatora, ministra Eliana Calmon, os conselheiros Jefferson Kravchychyn, Jorge Hélio e o ministro-presidente, Ayres Britto. O conselheiro Tourinho Neto votou contra a abertura do processo e contra a continuidade das investigações. Presente ao julgamento, o conselheiro José Lucio Munhoz se declarou suspeito.

SIGA-NOS NO

Veja Também

ARMADO, JUIZ AMEAÇOU SERVIDORA DO TRT; EX-PRESIDENTE PODE ESTAR ENVOLVIDO

SERVIDORA QUE DENUNCIOU ESQUEMA NO TRT MENTIU VÁRIAS VEZES, MOSTRAM DEPOIMENTOS A PF

JUIZ QUE SERIA AMANTE DE DENUNCIANTE NO TRT ESTÁ EM GOIÁS

CORREGEDORA DO CNJ PROPÕE PROCESSO ADMINISTRATIVO CONTRA JUÍZES DO TRT DE RONDÔNIA

Juiz do TRT, Vulmar de Araújo Coêlho, permanecerá afastado, decide STF

Negado Mandado de Segurança que questionava processo administrativo contra ex-presidente do TRT

CNJ aposenta juíza Isabel Carla Moura, que mandou pagar precatórios indevidamente no TRT