Em Cerejeiras, Marcos Rocha nega acordo com partidos no 2º turno
O candidato do PSL ao Governo de Rondônia, Marcos Rocha, participou de uma reunião política em Cerejeiras e negou veementemente que tenha feito qualquer acordo partidário no 2º turno das eleições. Pela manhã, o ex-candidato ao Senado Jaime Bagattoli anunciou em coletiva que estava deixando a campanha a exemplo de outros líderes da legenda em razão da aproximação de Marcos Rocha com o MDB.
Acompanhado de correligionários da legenda, como o deputado estadual eleito Eyder Brasil (PSL), de simpatizantes, como o empresário e fazendeiro Juca Masutti, e de políticos eleitos por outros partidos, como Luizinho Goebel (PV) e Ezequiel Neiva (PTB), Marcos Rocha fez um discurso longo em que explicou sua trajetória de vida, falou dos cargos que ocupou no Governo estadual e sobre as últimas divergências dentro do próprio PSL.
“Eu sou quase um desconhecido para a maioria de vocês. Por isso, vou contar a minha história. Eu nasci no Rio de Janeiro, em 1968. Tenho, portanto, 50 anos. Sou filho de família pobre e tive que trabalhar a vida toda. Entrei para o Exército do Rio e conheci Jair Bolsonaro na década de 1980”, disse o candidato a governador. “Em 1988, ajudei na campanha de Jair Bolsonaro a vereador do Rio e desde então mantemos uma amizade”, disse Marcos Rocha.
“Depois vim para Rondônia e entrei para a Polícia Militar do Estado. Fui instrutor, onde cheguei a dar aulas para o Ezequiel Neiva, que fazia curso de sargento. Eu amo a Polícia Militar”, afirmou.
“Sou cristão comprometido com a Palavra, servo de Deus. Sou comprometido com os valores da família”, disse o coronel-candidato que, embora não tenha dito na reunião, é evangélico da Assembleia de Deus.
“Ocupei, sim, funções no governo. Mas foi para servir Rondônia”, disse. “Já fui secretário de Educação de Porto Velho e na época eu recebi uma proposta indecente de corrupção de R$ 200 mil. Não aceitei e eles aumentaram a oferta para R$ 400 mil, depois para R$ 500 mil e depois para R$ 1 milhão. Nunca aceitei”, disse.
Sobre a decisão de entrar na política, Marcos Rocha garante que a ideia não foi dele. “A ideia foi do Jair Bolsonaro. Eu estava no gabinete dele em Brasília e ele disse: ‘Coronel, você vai ser o presidente do PSL em Rondônia’. Eu recusei, mas depois aceitei. Quando decidi aceitar, aí o Bolsonaro falou: ‘Pronto, agora você vai ser o meu candidato a governador lá’”, conta.
Quase no final do discurso, Marcos Rocha finalmente entrou no assunto sobre a debandada de uma ala do PSL. “Mentiram. Eu não tenho qualquer acordo com qualquer político de qualquer partido”, disse.
Por fim, o coronel fez uma das promessas que boa parte do eleitorado presente na reunião queria ouvir. “Sou contra a ideologia de gênero e no meu governo essa ideologia passará longe das escolas”.
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