Ex-suplente circula carta acusando de traição atual direção do MDB
A ex-suplente Penha Simão, que integrava a chapa da ex-secretária Cláudia Moura (MDB), circulou uma carta aos filiados acusando de traição a atual direção do MDB, que perdeu os prazos para apresentação de ata suplementar na Justiça Eleitoral, inviabilizando sua candidatura. Para ela, a manobra foi feita de propósito para garantir o MDB no palanque do governador Marcos Rocha e da candidata do Republicanos, Mariana Carvalho. Ela faz sérias acusações ao comando da legenda, inclusive de racismo. “Eu repudio as tomadas de decisões sem respeitar nossas opiniões, retirando do páreo mulheres de luta que somos Cláudia Moura, eu Penha Simão e Suzana, somos mulheres valorosas para esse partido. Eu estou envergonhada pelos sem vergonhas que tiveram a coragem de agir na covardia e na calada da noite deixando de cumprir um processo democrático dentro do nosso partido. Estou com vergonha por ainda imperar o machismo e o racismo aberto dentro do nosso partido, o MDB”, desabafou Penha Simão.
Na verdade, o MDB já havia sido negociado com o União Brasil ainda no período de pré-campanha. O deputado federal Lúcio Mosquini, presidente do partido, não conseguiu montar uma nominata capaz de salvar o seu mandato. Ele recorreu ao chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, pedindo ajuda e, em troca, levaria o partido para o colo de Marcos Rocha. Gonçalves arrumou o nome do delegado Thiago Flores (Ariquemes) para reforçar a legenda, e Mosquini cumpriu sua palavra convencendo os delegados a votar na coligação com o União Brasil. Ocorre que no meio da discussão o senador Confúcio Moura, insatisfeito com os rumos do MDB, resolveu melar a aliança colocando a irmã, Cláudia Moura, como candidata. Nesse caso, o MDB não poderia firmar coligação porque o União Brasil já havia se coligado com o Republicanos, lançando Mariana Carvalho ao Senado. Mosquini, então, pressionou o senador Confúcio e de propósito não enviou a ata suplementar ao TRE com o nome das suplentes de Cláudia Moura. Restou a irmã de Confúcio emitir uma nota lamentando a saída da disputa, mas não esperava que a suplente Penha Simão falasse a verdade sobre o terror dentro do MDB.
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