Rondônia, 08 de março de 2025
Eleições

“Melki não pode ser candidato”, garante renomado advogado de Vilhena

“Melki Donadon não pode ser candidato, e vai substituir a sí mesmo por outra pessoa antes do final de semana, repetindo o que fez a oito anos, quando colocou Marlon Donadon na prefeitura”. A avaliação é de um dos mais respeitados advogados de Vilhena, cidade onde Melki Donadon tenta registrar sua candidatura a prefeito, mas é impedido pela Lei da Ficha Limpa. Reginaldo Ribeiro de Jesus concedeu entrevista ao Programa Vale Tudo, da Rádio Planalto, na tarde de terça-feira, 2, e a repercussão tem sido grande tanto pelos esclarecimentos que foram prestados à população, como pelas opiniões fortes emitidas sobre o atual cenário da disputa política municipal.
Jesus explicou as razões para Melki não poder ser candidato e, principalmente, o fato do próprio Melki já ter admitido sua situação de inegibilidade em documento entregue à Justiça. “Não faz o menor sentido ele pedir registro de candidatura agora, já que há alguns meses disse num pedido de reavaliação de sua situação que se encontra inelegível”, disse o advogado, se baseando em documento assinado pelo ministro César Asfor Rocha, do STJ. O ex-prefeito Melki Donadon está condenado, em processo transitado e julgado, por improbidade administrativa, e ainda tem outras duas condenações em órgãos colegiados. Uma destas acusações é resultado de ação civil pública motivada por abuso do poder político e econômico.
O advogado Reginaldo Jesus garantiu no programa Vale Tudo, que é comandado pelo radialista Roberto di Zorzi, que não há chance alguma de melki conseguir reverter sua situação. “A lei é clara, e político que tem condenação em órgão colegiado não pode concorrer. O Melki tem três condenações destas!”. Ele ainda foi enfático ao dizer que os eleitores devem considerar situações como estas, que causam insegurança jurídica, e confundem todo o processo eleitoral.
Jesus lembrou que já na década de 1970 o Rei do Futebol, Pelé, dizia que o brasileiro não sabia votar. “Isso foi a 40 anos, e ainda hoje precisamos de uma lei para que pessoas que cometeram crimes contra o povo sejam impedidos de voltar ao poder”, ponderou o advogado, que ainda acrescentou que a Lei da Ficha Limpa é um instrumento fundamental para mostrar que, se não há informação suficiente para os eleitores, ao menos há mecanismos para barrar quem já está condenado pela Justiça.

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