Melki não pode ser candidato, garante renomado advogado de Vilhena
Melki Donadon não pode ser candidato, e vai substituir a sí mesmo por outra pessoa antes do final de semana, repetindo o que fez a oito anos, quando colocou Marlon Donadon na prefeitura. A avaliação é de um dos mais respeitados advogados de Vilhena, cidade onde Melki Donadon tenta registrar sua candidatura a prefeito, mas é impedido pela Lei da Ficha Limpa. Reginaldo Ribeiro de Jesus concedeu entrevista ao Programa Vale Tudo, da Rádio Planalto, na tarde de terça-feira, 2, e a repercussão tem sido grande tanto pelos esclarecimentos que foram prestados à população, como pelas opiniões fortes emitidas sobre o atual cenário da disputa política municipal.
Jesus explicou as razões para Melki não poder ser candidato e, principalmente, o fato do próprio Melki já ter admitido sua situação de inegibilidade em documento entregue à Justiça. Não faz o menor sentido ele pedir registro de candidatura agora, já que há alguns meses disse num pedido de reavaliação de sua situação que se encontra inelegível, disse o advogado, se baseando em documento assinado pelo ministro César Asfor Rocha, do STJ. O ex-prefeito Melki Donadon está condenado, em processo transitado e julgado, por improbidade administrativa, e ainda tem outras duas condenações em órgãos colegiados. Uma destas acusações é resultado de ação civil pública motivada por abuso do poder político e econômico.
O advogado Reginaldo Jesus garantiu no programa Vale Tudo, que é comandado pelo radialista Roberto di Zorzi, que não há chance alguma de melki conseguir reverter sua situação. A lei é clara, e político que tem condenação em órgão colegiado não pode concorrer. O Melki tem três condenações destas!. Ele ainda foi enfático ao dizer que os eleitores devem considerar situações como estas, que causam insegurança jurídica, e confundem todo o processo eleitoral.
Jesus lembrou que já na década de 1970 o Rei do Futebol, Pelé, dizia que o brasileiro não sabia votar. Isso foi a 40 anos, e ainda hoje precisamos de uma lei para que pessoas que cometeram crimes contra o povo sejam impedidos de voltar ao poder, ponderou o advogado, que ainda acrescentou que a Lei da Ficha Limpa é um instrumento fundamental para mostrar que, se não há informação suficiente para os eleitores, ao menos há mecanismos para barrar quem já está condenado pela Justiça.
Veja Também
Somente candidato com registro aprovado pode ser diplomado
Termina prazo para prestação de contas de candidatos do 1º turno e retirada de propagandas
MPRO recebeu mais de 700 denúncias eleitorais este ano em Rondônia