“Nós temos independência, decidimos caminhar ao lado da população”, diz Léo em sabatina na SIC TV
No final da tarde da segunda-feira (16), o candidato à Prefeitura de Porto Velho pelo Podemos, Léo Moraes, participou de sabatina promovida pela SIC TV.
O programa apresentado por Everton Leoni, que teve a companha do jornalista Sérgio Pires e do radialista Beni Andrade, fez diversos questionamentos a Léo, que comentou porquê quer ser prefeito da capital de Rondônia.
“Nós temos independência, decidimos caminhar ao lado da população. Somos sabedores das dificuldades da população e com capacidade de gestão já comprovada, com respostas à sociedade por onde passamos, onde tivemos os mandatos mais atuantes onde passamos. Inclusive sendo escolhido como um dos 20 parlamentares mais atuantes do Brasil, pelo site Ranking dos Políticos”.
Ele complementou: “Diante disso, pelos péssimos indicadores que nossa cidade tem, que uma capital possui. Inclusive, os piores do país. Eu acredito que precisamos mudar a chave, dar uma guinada, com menos maquiagem e muito mais trabalho para nossa gente de Porto Velho”.
Perguntado pelo jornalista Sérgio Pires onde está sua campanha, Léo respondeu que “é orgânica, é feita por gente. Ela é real, é verdadeira. Ela está nos bairros, nos recantos da cidade. Ela também está nos distritos, que estão completamente abandonados. Aliás, os distritos seguem aquela máxima: ou já teve ou já foi melhor. Oito anos atrás eram bem melhores do que hoje. Nossa campanha é isso: pé no chão, no suor, na saliva e com sola de sapato”.
Já questionado pelo radialista Beni Andrade, sobre “o que mais te incomoda e que você quer dar um basta em Porto Velho?”, Léo foi direto:
“Nós lideramos os índices dos piores rankings do Brasil. Dia desses vi uma pesquisa que circulou em toda a imprensa que diz que Porto Velho é a pior capital para se viver no país, que tem a pior qualidade de vida. Isso é um descompasso, é uma incoerência que demonstramos através de dados. Porto Velho é a pior capital do país em saneamento básico pelo Trata Brasil, que é o medidor disso. Estou falando de uma cidade que não tem 10% de esgotamento sanitário, que é da época dos nossos ferroviários”.
E seguiu: “Ainda temos o pior ar do Brasil para respirar. Enquanto isso, a administração descontinua a Brigada Municipal. Além de existir esse trabalho, ainda há falta da educação ambiental e de medidas que tire aquela questão cultural de atear fogo para limpar. As pessoas me perguntam é o que vou fazer de imediato. E eu digo que é fazer a população sobreviver. Você vai nos postos de saúde, você não tem remédio! Não tem exame, não tem consulta, não tem cirurgia! Levar o teu patrimônio, que é a criança, são as pessoas que mais amamos na vida”.
Léo ainda comentou sobre a atual situação do atendimento à população porto-velhense, baseada apenas em cuidados paliativos:
“Lá [nos postos de saúde] eles estão dando a injeção 3D: Diclofenaco, dexametasona e dipirona, para atenuar a dor. Não resolve o problema. Isso com o tempo vai causar falência nos rins e no fígado. Nossa população está morrendo! Não está tudo bem! Nossa cidade necessita de um choque de gestão! Precisa de alguém que conheça essa realidade. Nós temos mais de metade da cidade sem cobertura dos agentes de saúde”.
Léo ainda falou de um caso estarrecedor: “Ligaram lá da Central de Regulação e perguntaram para uma senhora que conheci na Igreja Madureira o que ela era de tal pessoa. Ela disse que era filha e disseram que o senhor fulano de tal poderia comparecer para fazer cirurgia. A mulher respondeu que era pai dela, mas tinha morrido há cinco anos! Essa é a tragédia que vivemos em nossa cidade: cidade rica com gente pobre. Temos orçamento, temos recursos, e temos principalmente, independência. Fazer contratações, no primeiro mês, de médicos comprar e consertar as máquinas”.
Exemplos da gestão
Léo ainda argumentou como vai administrar Porto Velho, baseado em sua experiência política como vereador, deputado estadual e federal.
“Alguns colegas não gostam muito da minha postura. Não vou esperar tomar posse, pois vou trabalhar muito. Quando era deputado, votei contra 14º e 15º salários. Abri mão dos meus auxílios mudança e moradia. Com esses recursos, nós investimos por exemplo, na Academia de Polícia, que formou centenas de policiais. Vou conversar com a Câmara para alterar a LOA (Lei de Orçamento Anual). Algumas de nossas propostas estão na boca dos outros candidatos, o que nivela por cima o debate. E sou grato por promover uma discussão ampla na nossa cidade”.
Questionado sobre o aprendizado que teve à frente do Detran, como diretor-geral, e que pode ser aproveitado como gestor da Prefeitura de Porto Velho, Léo foi sucinto:
“Primeiro, ter coragem para fazer. Quando eu entrei no Detran, as pessoas diziam: a burocracia vai te engolir. Léo, tem os poderosos. Léo, é uma máquina de arrecadação. Tem muito político em cima e não vão deixar você trabalhar. O tal do sistema não vai permitir que você trabalhe. Sabe o que fizemos? Engajamos e valorizamos nossos servidores. Elaboramos um planejamento estratégico e realizamos uma gestão nunca antes vista naquele órgão. Um órgão que é sempre malvisto pelo povo. Que autua e tira do bolso das pessoas”.
E ainda continuou: “Fizemos diferente: cumprimos a Constituição e exercitar nossa cidadania. Ao invés de apenas pegar carros e colocar em pátios, realizamos campanhas educativas. Pela primeira vez em 20 anos, diminuímos em 25% as mortes no trânsito da nossa capital. Pela primeira vez, utilizando campanhas educativas e inteligência, estratégia e tecnologia. Colocando as forças de segurança nos principais cruzamentos. E pela primeira vez em 30 anos, acabamos com 30 taxas, que prejudicam o povo”.
Segundo Léo, as ações planejadas se tornaram importantes benefícios para a população: “Um exemplo disso: vistoria para o primeiro emplacamento. Ora, você tirou o carro da fábrica e precisa fazer vistoria? Isso não é justo e digno com as pessoas! Diminuímos o valor da Carteira de Habilitação, tanto a primeira quanto a renovação. É mais barata do que no passado. Criamos o programa Carteira do Idoso, sendo 58% mais barata que era anteriormente. E pela primeira vez na história não existe mais cobrança de IPVA [Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores] para motos de 170 cilindradas”.
Ele ainda observou o posicionamento de outros políticos que querem administrar a capital, mas estão cercados de velhos caciques, que não querem abandonar o poder:
“Quem vive de benesses em outras candidaturas pode não saber, mas 400, 500 reais que sobram, podem servir para comprar um remédio para seu filho. Político é bem pago para servir o povo. E não para servir de fantoche de outras autoridades e tampouco estar em um grupão, onde não vai ter autoridade para administrar”, alertou ele.
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