Rondônia, 26 de dezembro de 2024
Eleições

Roberto insiste que deixou R$ 250 milhões em caixa, Hildon destaca crescimento e Léo condena uso da máquina

O debate organizado pelo Diretório Central de Estudantes da Unir (DCE), nesta sexta-feira com os candidatos majoritários de Porto Velho reuniu todos os pretendentes à Prefeitura. Em conversas com o Rondoniagora eles avaliaram o atual momento.

O último a chegar foi o ex-prefeito da cidade, Roberto Sobrinho (PT), que fez questão em alfinetar o atual gestor, Mauro Nazif. “Deixei mais de R$ 250 milhões no caixa da prefeitura, e ele não fez nada com o dinheiro, não terminou uma obra sequer, nem tampouco entregou escolas e creches que estavam prontas para serem entregues à população”, criticou.

Roberto se diz confiante com relação à candidatura, e considera que tem sido bem aceito nas comunidades por onde tem passado. “Meu trabalho está sendo reconhecido, e nós temos chance de continuar com projetos de melhorias para Porto Velho”, concluiu e revelou o motivo de ter tirado o bigode que ostentou durante tantos anos de vida pública. Roberto confessa que foi por vaidade. “Minha mulher diz que fiquei mais novo”.

Pimenta de Rondônia (PSOL) sai pela primeira vez candidato ao cargo maior do Executivo Municipal. “É uma pena que o dinheiro ainda seja maior do que a capacidade. Eu estou preparado para administrar a cidade. A mudança na legislação favorece para uma campanha mais justa, embora os que estão no poder ainda tenham mais força”, declarou.

Já o mais novo dos candidatos, Léo Moraes (PTB), se mostra empolgado com a campanha e receptividade que vem recebendo. “Como deputado estadual, sei como a política funciona no nosso estado, e o uso da máquina pública para se promover é algo que ainda atrapalha a concorrência justa, mas me sinto muito seguro no campo dos debates e preparado fazer diferente do que já vimos acontecer. Com disposição e muita energia para o trabalho, eu posso mudar o cenário atual da nossa administração”. 

Hildon Chaves, novato na política, ex-promotor de Justiça e administrador de empresa no ramo da educação, está surpreso com o espaço que está conquistando na campanha. “Há três semanas as pesquisas mostravam que eu tinha 3% (1) das intenções de voto, e nesse período, outra pesquisa publicada na página social do próprio prefeito já mostra que estamos com quase 9% (2). Isso já é uma grata surpresa, e diante do cenário instável que a nossa política apresenta tudo pode acontecer”.

O ex-deputado estadual Ribamar Araújo crê que o tempo reduzido para campanha e favorece aos candidatos com menos poder financeiro. “A concorrência fica menos desigual e os eleitores podem avaliar mais os candidatos pelo que de fato eles têm a oferecer para a cidade”. 

 Questionado sobre a opinião pública sobre uma campanha “morna”, Williams Pimentel, ex- secretário de saúde estadual, garante que “para sentir a campanha efetivamente é preciso estar dentro dela, e no contato direto com o cidadão, conversando, descobrindo as necessidades, os anseios dos eleitores. Eu tenho feito isso, e a receptividade tem sido muito positiva. Estou muito confiante de que posso e vou fazer muito por Porto Velho”, afirmou.

Já o atual prefeito da capital, Mauro Nazif, diz que vai continuar trabalhando da mesma maneira que sempre fez. A mudança com a redução do tempo de campanha, e o fato de ter começado logo após as Olimpíadas pode ter dado a impressão de que a campanha não estava na rua. “Mas a minha campanha já estava sim acontecendo, não com pessoas pagas, mas com voluntários e pessoas que reconhecem nosso trabalho, e apesar de ser um tiro curto, temos que trabalhar para chegarmos lá e darmos continuidade aos projetos da gestão”.

Por falar e chegar lá, Mauro não quer nem tocar no assunto da possibilidade de haver segundo turno. Interrogado sobre ter alguma “carta na manga” ou estratégia montada caso o primeiro turno dê empate nas urnas, o prefeito dispara: “vamos pensar só no primeiro?”.

Dados das pesquisas citadas pelo candidato Hildon:

1- Realizada pelo Ibope com 602 entrevistas, realizadas entre os dias 20 e 23 de agosto. A margem de erro é de 4%, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO) sob o protocolo RO-01266/2016 e paga pela Rede Amazônica.

2 – Registrada por Brasil Dados, sob o número RO-04774/2016 – Contratante Jornal O Rondoniense / Margem de erro de 3,9% para mais ou para menos. Nível de confiança de 95%, 634 entrevistados, entre os dias 20 a 23 de agosto.

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