Bebês prematuros têm cuidados intensivos e acompanhamento total no Hospital Base
Referência no atendimento de média e alta complexidade, o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro possui espaço de pediatria para atender gestantes que enfrentam algum tipo de risco na gestação, como diabetes gestacional, Covid-19, e outras comorbidades.
Segundo a coordenadora de Núcleo Neonatal, Vanusa Sousa, existe uma classificação para receber os recém-nascidos dentro da Ala Neonatal do hospital, sendo uma delas, a classificação como prematura, ocorrendo de 28 dias de nascido ou menos. Esse período só serve para a entrada no hospital, já que as crianças continuam recebendo os atendimentos após os 28 dias.
Os bebês são encaminhados diretamente da obstetrícia se apresentarem qualquer tipo de problema. Os principais são: tóxico neonatal, cardiopatia congênita, desconforto respiratório e outros congênitos.
A pequena Marcela Amorim de quatro meses é a prova viva desse apoio. Ela deu entrada no hospital ainda prematura, e hoje vem seguindo grandes avanços devido aos cuidados e tratamentos que foram realizados desde o primeiro instante.
"Esse processo de UTI não é fácil, a gente chega e fica totalmente perdida, porque você não sabe, você nunca viveu isso antes. Seu bebê nasce e está simplesmente suscetível a tudo", comentou Samara Amorim, mãe de Marcela.
Luara Silva, de 49 dias também enfrentou grandes desafios nos primeiros momentos de vida, além de ser prematura, também teve uma infecção que rompeu o intestino. Sendo assim, foi necessária uma cirurgia de urgência quando ela apenas tinha 15 dias de nascida.
" Eu não tenho o que reclamar, eu achei que perderia minha filha, mas graças a esse atendimento ela vem tendo grandes avanços. A minha esperança é sair ainda este ano com ela", declarou Luciene Silva, a mãe de Luara.
Uma batalha contra a Covid
Por ser o hospital referência do Estado de Rondônia, os 26 leitos não foram o suficiente para tanta demanda que chegou nos momentos de pico do vírus Covid-19. A equipe teve que criar 2 leitos extras para atender a maior lotação que já houve na Ala do hospital.
Foi um momento crítico onde alguns bebês tiveram que ficar isolados devido a testagem positiva para Covid-19, e já outros ficaram isolados por conta de a mãe ser uma das infectadas dentro do hospital. Enquanto esse isolamento era feito, toda alimentação, limpeza e cuidados necessários eram realizados pela equipe.
Durante esse período as campanhas de doação de leite também se intensificaram, já que o alimento principal desses bebês estava sendo abastecido por meio de doações de outras mães que se sensibilizaram com o cenário.
Hoje o hospital ainda conta com esse tipo de serviço e também fornece a coleta em casa, onde a própria equipe se desloca até a residência da mãe doadora e retira o alimento sem a necessidade de que ela precise ir até o local, ou faça em um horário que a prejudicaria.
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