Escrivã é exemplo de profissionalismo e dedicação
A carreira da escrivã Sueli Ferreira, 48 anos, daria um livro de tantas histórias policiais que vivenciou e crimes de grande repercussão que trabalhou pela elucidação ao longo de 26 anos na Delegacia de Homicídios de Porto Velho. Aposentada por tempo de trabalho, a servidora deixa um legado de garra, responsabilidade e profissionalismo.
A trajetória de Sueli na Polícia Civil começou no dia 7 de março de 1994. “Eu trabalhava como assistente administrativa, mas sonhava em dar melhores condições de vida para minha família. Assim que saiu o edital do concurso, eu me inscrevi e foquei nos estudos. No começo, minha mãe não queria que eu entrasse para a Polícia porque ela tinha medo. Com muita garra e dedicação eu passei na prova, em todas as etapas e tomei posse. A paixão pela profissão veio com o passar do tempo”, relembrou a escrivã.
Após tomar posse, Sueli conta que surgiu uma oportunidade para trabalhar na Delegacia de Homicídios, e ela aceitou. “Cheguei a tirar plantão na Central de Flagrantes durante um mês, mas logo retornei para a delegacia, onde exerci minha profissão até o dia de se aposentar”, disse.
Como escrivã, a servidora cumpriu seu papel ao logo dos 26 anos de atuação no serviço público.
“Nós temos um papel muito importante na Polícia Civil porque damos todo o suporte necessário para os delegados e policiais participando das oitivas, organização dos inquéritos e ajuda na realização de buscas quando solicitadas”
No início da profissão, Sueli enfrentou dificuldades por ser algo novo em sua vida, mas a força de vontade a fez superar os desafios. “Foi muito difícil, mas me dediquei, eu tive a ajuda dos escrivães mais antigos, em especial a do meu amigo Anselmo Duarte, que me ensinou muito e tem uma grande parcela na minha carreira profissional”, destacou.
Conciliar a profissão e o papel de mãe e esposa não é uma tarefa fácil para qualquer mulher. “Não é fácil, mas durante todos esses anos eu consegui conciliar casa, família, filhos, marido e trabalho. Lógico que tem dias que a gente precisa passar do horário de expediente ou chegar mais cedo na delegacia, mas isso faz parte. O apoio de toda a minha família foi muito importante na minha vida profissional”..
Para Sueli, a Delegacia de Homicídios foi sua segunda casa durante os 26 anos. “Lá eu fiz grandes amigos, trabalhei com uma equipe maravilhosa e tive todo o suporte necessário para desenvolver meu trabalho. Não é uma tarefa fácil, mas a gente consegue dar bons resultados porque a equipe é composta por profissionais responsáveis e de garra, assim como nas demais delegacias”, enfatizou.
A elucidação da morte de um professor de Porto Velho marcou a carreira profissional da escrivã. “Nós trabalhamos praticamente 24 horas para conseguir desvendar o crime e identificar os suspeitos. A gente se depara com muitos crimes bárbaros, nos dedicamos em todos os casos, mas esse foi o que mais marcou minha vida como escrivã”, diz.
Aposentada, a escrivã inicia uma nova fase em sua vida, mas com a sensação de dever cumprido. “Com muita garra, amor pela profissão, responsabilidade, profissionalismo e determinação eu honrei a farda de Policial Civil. Eu saio da delegacia com a sensação de dever muito bem cumprido. Agora, eu pretendo me dedicar aos estudos”, finalizou Sueli.
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