Rondônia, 04 de dezembro de 2024
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Na Fhemeron, mulheres estão à frente de um trabalho intenso e fundamental para salvar vidas

Em Rondônia, na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron) e hemorredes, as mulheres são as que comandam a coleta de sangue e vêm ajudando a salvar vidas no Estado. Setenta por cento das servidoras estão envolvidas no atendimento de doação. Elas atuam na coleta de sangue em cinco unidades distribuídas pelos municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena.

Gerente de Captação da Fhemeron de Porto Velho há 23 anos, Maria Luísa conta que tanto na Capital quanto nos demais municípios o banco de sangue tem um quadro composto na maioria por mulheres. Mas é no Hemocentro de Porto Velho onde predomina o atendimento delas.

A médica hematologista e responsável técnica pelo Hemocentro, Ana Carolina Gonzaga, está nesta função há cinco anos, depois que assumiu o cargo no último concurso de 2017. Diz que na época não tinha médico hemoterapeuta e então juntamente com a médica Daniele iniciaram a padronização de muitas situações dentro da hematologia, como a implantação do ambulatório especializado.

“Na área da Saúde já tem um número de mulheres em geral, na questão da sensibilidade e no trato, mas existe um comprometimento na relação interpessoal. A gente acaba tendo um predomínio de mulheres e acaba tendo um diálogo constante entre a gente”, disse Ana Carolina.

A técnica de enfermagem, Rahaymary de Souza Santana, trabalha direto com a coleta de sangue. Explica como é trabalhar com um time de mulheres. “Trabalhar na Fhemeron é muito bom, mesmo assim temos a questão dos altos e baixos e a gente trabalha o tempo todo contra o relógio porque a fila que precisa é maior que a fila que doa”.

Já a gerente de enfermagem Maria Irene Souza conta como é trabalhar com o compartilhamento de sangue há 21 anos. “Quando falta sangue a gente aumenta a coleta e o serviço; logo depois dá uma estabilizada. A nossa meta seria coletar 100 bolsas de sangue, mas infelizmente não conseguimos. Então sempre que tem uma baixa de sangue, temos um cuidado muito grande com o doador e além dele temos o cuidado com quem vai receber esse sangue. Nossa principal missão é salvar vidas a cada dia”, disse.

A maioria das gerências dos setores, as biomédicas e bioquímicas são mulheres assim como a vice-presidente da Fhemeron Iolanda Rodrigues Moreira, que reforçou o empenho das mulheres na coleta de sangue durante a pandemia. “A Fundação não parou o atendimento na pandemia. Devido à baixa procura de doadores tivemos que fazer coletas externas para aumentar o número de doadores e sempre podemos contar com toda a equipe e por isso conseguimos manter o estoque de sangue e conseguimos fechar o ano no azul, graças ao empenho delas”, comenta.

“É um desafio trabalhar aqui e também é o maior desafio mais prazeroso. Foi aqui que aprendi tudo que sei nesses 23 anos; é a minha casa”, enfatizou a gerente de captação Maria Luiza.

O público feminino também é destaque na doação voluntária de sangue. De acordo com Mariza Luiza, 40% dos doadores são mulheres.

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