"Lamáquina" exibe atitude, por Andrey Cavalcante
Tenho, reiteradamente, registrado aqui que nosso partido é o Brasil, e nossa ideologia é a Constituição. Pois foram exatamente estas as palavras do novo presidente nacional da OAB, o gaúcho Claudio Lamachia, também chamado “Lamáquina”, pela sua notória capacidade de trabalho. Ele tomou posse na segunda-feira, em sessão solene do Conselho Federal. E colocou, de imediato, o dedo na ferida: defendeu a união do país e estabeleceu que a Ordem, com a força e a credibilidade que possui junto à população, será fiadora desse processo.
Depois de agradecer ao ex-presidente, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, pelo empenho em sua candidatura, o novo presidente da OAB prometeu rodar o país para levar a mensagem da advocacia – “exército com quase um milhão de soldados” – para apresentar o plano de gestão da OAB, com o integral apoio do Conselho Pleno e dos 27 presidentes de Seccionais. Ele arrematou com a citação do gaúcho Mário Quintana - “Uma vida não basta ser vivida: precisa ser sonhada – para dimensionar adequadamente o momento que vivia naquele momento da posse. Falou de seu orgulho de ser advogado e concluiu: “Gratidão é dívida que não prescreve, e serei eternamente grato a todos que foram decisivos nesta caminhada”.
“Lamáquina” observou, ainda em seu contundente discurso de posse que em tempos de ajuste fiscal, o governo aponta como única saída a recriação da CPMF. Mas o que se vê é, contraditoriamente, o aumento absurdo do fundo partidário e, pior, justamente em tempos de lava-jato. “A sociedade não suporta mais a atual carga tributária e nós vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para mobilizar a sociedade civil organizada contra qualquer proposta que pretenda colocar novamente a mão no bolso do cidadão. Não aceitamos soluções simplistas para resolver problemas que não foram criados por nós”.
Depois de agradecer ao ex-presidente, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, pelo empenho em sua candidatura, o novo presidente da OAB prometeu rodar o país para levar a mensagem da advocacia – “exército com quase um milhão de soldados” – para apresentar o plano de gestão da OAB, com o integral apoio do Conselho Pleno e dos 27 presidentes de Seccionais. Ele arrematou com a citação do gaúcho Mário Quintana - “Uma vida não basta ser vivida: precisa ser sonhada – para dimensionar adequadamente o momento que vivia naquele momento da posse. Falou de seu orgulho de ser advogado e concluiu: “Gratidão é dívida que não prescreve, e serei eternamente grato a todos que foram decisivos nesta caminhada”.
Alguns pontos do discurso de posse de Cláudio Lamachia, são merecedores de destaque e atenção. Logo na abertura ele esclarece que “presidir uma instituição como a Ordem dos Advogados do Brasil - alçada pela Lei Fundamental ao patamar de voz da cidadania e, portanto, de veículo de substantivação de um dos fundamentos da República-, não é tarefa para um homem só." É obra coletiva”.
E prossegue apontando o paradoxo que o país vive: se de um lado nossas instituições republicanas nunca funcionaram tão bem, de outro somos acometidos por uma crise política e econômica, mas que gerada por uma crise ética e moral sem precedentes, agravada sobremaneira pela absoluta paralisia da classe política, que perdeu totalmente a capacidade de diálogo. “A deterioração do ambiente político chega a ser assustadora. Mas a Nação é sem dúvida alguma maior que os resultados das próximas eleições. E isto temos que bradar por todo o Brasil. Precisamos transcender o calendário das urnas, para que as saídas eventualmente propostas não sejam condicionadas pelo casuísmo eleitoral, e sim pela consideração do bem-estar das próximas gerações.
E estabelece a necessidade de um novo contrato social da classe política com a sociedade brasileira, pois que não há democracia sem política e não há política sem políticos. É preciso depurar, porém, a política nacional. O país flerta dia a dia com a irresponsabilidade. Tangencia Inconsequentemente o precipício. Algo deve ser feito, e rápido, pois a falta de diálogo é a negação da política, e quando a política falha a convulsão social é a certeza. “A hora do Brasil começar a superar essa paralisia é agora! Nossa opção é pelo povo, expressão maior da cidadania que juramos defender. Afinal, somos advogados. Lutamos por justiça! A OAB se tornou a verdadeira defensora das causas da República e, ao que parece, a história a chama mais uma vez para defendê-la.
O Brasil deve se reencontrar. O Brasil irá se reencontrar.
* O autor é presidente da OAB de Rondônia
Veja Também
Friagem perde força e temperaturas voltam a subir em Rondônia nesta quinta
Sentença determina despejo da churrascaria “Boi na Brasa” em Porto Velho