A Casa do Povo caiu mais uma vez
A Casa do Povo caiu mais uma vez
E como bem lembrou o Fantástico, no finalzinho da matéria, a corrupção escancarada na Assembléia de Rondônia é tradição. Vem de longa data. Vem de uma longa linhagem de pilantras. O prédio está lá de pé, claro. Mas os escombros da moral em cacos, da auto estima em pedaços atinge a todos. Porque, se isso não pesa na consciência deles, pesa nos nossos ombros. Fomos nós que elegemos essa turma! E a cada uma dessas recaídas pelo mundo da lama, descobrimos que nada mudou. Muda as caras, a fuça, mas não o jeito de fuçar. A sujeira continua. Admitamos: a "Casa do Povo" está construída no terreno pantanoso da mentira, da enganação, da corrupção. Ali, era um chiqueiro antes e continua sendo. A casa caiu de novo porque não se pode construir casa nenhuma sobre a lama, sobre o barro malcheiroso. Logo a umidade fétida vai corrompendo, vai penetrando na estrutura porosa e decadente. Apodrece tudo de novo. Por mais que sejam elegantes e sedutores os novos porcos, por mais que nos agarraremos a uma nova esperança, a uma nova fé, a casa dos porquinhos caí. Caí de novo a Casa do Povo. Vejam: já temos a planta da nova Casa do Povo. Ela estava pronta na gestão anterior. Todos sabem como a história terminou. E, o que seria uma nova história, começou com a reeleição antecipada da mesa diretora. Algo legal, mas bem longe de ser moral. Pelo que foi levantado até agora pela Operação Termópilas, tal manobra não foi para beneficiar o povo. Foi para que os senhores da lama pudessem chafurdar tranquilos, com poderes absolutos, garantidos diante mão. Não sei não. É bom revisar essa planta da nova Casa do Povo Pergunto: será que eles merecem se mudar para uma casa novinha, sem mudarem de conduta? E será que vão construir a Nova "Casa do Povo"sobre a lama, sobre o chiqueiro de sempre? Talvez esse dinheiro fosse melhor empregado na construção de um hospital. Já que fazem o estado funcionar como diz a propaganda, fazer essa caridade só faria bem. Talvez fizesse justiça, repondo um naco do que foi desviado, para não dizer outra coisa. E antes de se pensar em mudança de endereço, poderiam mudar o jeito de "representar o povo". Poderiam parar de emporcalhar o nome do Estado. Que esse prédio não seja edificado. Não agora. Não há mérito que o justifique. O solo ainda é um pantâno. Seria oportuno, primeiro, o alicerçar a ética. O povo não precisa de uma nova casa, precisa de uma casa limpa. Porque para um chiqueiro, até que o prédio antigo dá bem pro gasto.
Rud Prado
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