Rondônia, 09 de outubro de 2024
Geral

Advogada rondoniense denuncia abuso de autoridade da PM em Jaru

O que deveria ser um retorno tranqüilo do feriadão, terminou em constrangimento, transtorno e revolta para as advogadas Cibelle Dell´Armelina Rocha - jaruense, que reside em Rio Branco há sete anos- e sua sócia Claudia dos Santos.


Cibelle conta que no momento em que disse sua profissão, o comandante Giovano, desceu da viatura, pedindo os documentos de habilitação e do veículo em tom extremamente autoritário, apontando o dedo para a advogada e dizendo: “você fala baixo comigo porque a única autoridade aqui sou eu”. Tentando se justificar, a advogada, que é de família pioneira e tradicional na cidade, pediu que baixasse o tom de voz até porque ela não havia feito nada e que ela estava falando baixo. O pedido causou mais revolta no PM. “Você não é digna de ser advogada, vai chamar seus pais de mal educados, que por sinal lhe educaram muito mal”, relata, “sempre apontando o dedo para e em tom ameaçador”.

Antes mesmo de qualquer informação ou orientação, o comandante da viatura, Giovano, “em tom áspero e autoritário”, relata a advogada, disse que estava estacionada em local proibido. Cibelle pediu desculpas pelo fato, justificando que estava apenas aguardando o travesseiro que a amiga lhe havia emprestado e que Claudia já iria estacionar o carro no local correto, até porque sabia de que estava errada por ser advogada e conhecer as leis de trânsito.

Cibelle conta que no momento em que disse sua profissão, o comandante Giovano, desceu da viatura, pedindo os documentos de habilitação e do veículo em tom extremamente autoritário, apontando o dedo para a advogada e dizendo: “você fala baixo comigo porque a única autoridade aqui sou eu”. Tentando se justificar, a advogada, que é de família pioneira e tradicional na cidade, pediu que baixasse o tom de voz até porque ela não havia feito nada e que ela estava falando baixo. O pedido causou mais revolta no PM. “Você não é digna de ser advogada, vai chamar seus pais de mal educados, que por sinal lhe educaram muito mal”, relata, “sempre apontando o dedo para e em tom ameaçador”.

Segundo testemunhas, uma delas que inclusive ligou para o sargento da PM do município de Jaru, o comandante somente não deu voz de prisão para a advogada pelo fato de ter sido feito a ligação para seu superior hierárquico. Nesse momento, a advogada sugeriu que ele informasse a autoridade competente para que sinalizasse as vias com a proibição de estacionamento, “quando de forma grossa e com extremo abuso de autoridade, ele me disse que isso era um problema da Prefeitura, usando o termo cala a sua boca”.

O comandante decidiu que iria levar o veículo e verificando que os policiais não providenciaram guincho, orientada por outro advogado especialista, pois estava muito constrangida e abalada, Claudia negou-se a conduzir até o pátio do DETRAN, pois contraria o Código de Transito. “Extremamente nervoso e irritado com a conduta de duas cidadãs, o comandante Giovano providenciou o guincho e insinuou que não teríamos dinheiro para pagar o guincho e se quisesse levaria o carro de qualquer jeito”. A advogada Cibelle afirmou que ela não era obrigada a lhe dar a condução e que não o faria, a não ser para os policiais Israel e Valdir, que foram extremamente profissionais. Após apreensão do veículo – que foi guinchado segundo o Código de Transito – apesar da contrariedade do comandante, Cibelle narra que Giovano afirmou que ela não tinha preparo psicológico para atuar na profissão, afirmando ainda que se quisesse, daria voz de prisão, mesmo sem a presença do presidente da OAB e que ele fazia o que queria, e que duvidava que “qualquer uma das mulheres pudesse fazer qualquer coisa contra ele”.

O comandante não portava nome, patente e tipagem sanguínea em sua farda, além de ter se negado a informar os dados pessoais. Já os outros dois policiais informaram seus nomes e matrículas. “O mais revoltante é que Giovano disse, na frente de três ou quatro testemunhas, que se Cibelle não fosse advogada ele liberaria o veículo. Informei que era advogada. Ele pediu três vezes minha carteira apenas para atestar se realmente era advogada e me chamou de “advogadazinha”.

Sobre os problemas com seu veículo, Cibelle ressalta que em nenhum momento se insurgiu contra qualquer auto de infração, até porque voltava da casa de sua mãe, que reside em Cacoal e já tendo passado por três barreiras da Policia Rodoviária Federal foi informada que apesar do documento não ser exatamente aquele exigido, após consulta ao sistema do DENATRAN, verificou-se que o veículo não tinha restrições e que estava totalmente legalizado. “Outro fator importante nesses abusos que sofremos é que se acontece conosco, que temos uma categoria forte, o que não estaria acontecendo com os outros cidadãos, que tem medo de denunciar ou porque moram naquela região”.

A advogada, que tem escritório Acre e é professora universitária, está tomando medidas administrativas, cíveis e criminais cabíveis contra o comandante “e a quem de Direito, inclusive para evitar que a conduta abusiva se repita com outras pessoas”.

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