Advogado é internado na UTI de hospital durante a Operação Ciranda; PF pediu prisão domiciliar
Apontado no inquérito que investiga corrupção na Secretaria de Educação de Porto Velho como articulador das empresas envolvidas no escândalo descoberto pela Operação Ciranda, o advogado José Cristiano Pinheiro passou mal durante o cumprimento do mandado de prisão contra ele pela Polícia Federal e teve que ser internado às pressas na UTI do Hospital Central, na Capital. Cristiano permanece internado com vigilância.
A situação levou a própria Polícia Federal a solicitar a prisão domiciliar do advogado, o que acabou sendo deferido pelo juiz Nelson Liu Pitanga, da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal em Rondônia.
O delegado também solicitou prisão domiciliar de Clebson Harrison Damaceno Pantoja, proprietário de fato e administrador da empresa Flecha Turismo. “Quanto ao advogado José Cristiano Pinheiro, aduz a Autoridade Policial que, após o cumprimento da prisão temporária, foi alegado por ele problemas de saúde relativos à pressão sanguínea e, no momento em que chegou ao IML, o médico perito atestou a necessidade de internação em UTI, para tratamento de saúde. Tendo em vista o laudo do médico legista, a equipe de custódia da Polícia Federal encaminhou JOSÉ CRISTIANO para o Hospital Central, indicado para o tratamento, e permanece realizando a escolta do preso. Consta nos autos relatório médico cardiológico informando que, em 25/04/2018, o advogado JOSÉ CRISTIANO possuía o seguinte diagnóstico clínico: angina pectoris sob investigação, hipertensão arterial sistêmica no estágio 3, dislipidemia, obesidade e história de doença arterial precoce familiar, devendo fazer uso rigoroso das medicações prescritas, assim como realizar avaliação cardiológica especializada de urgência caso apresente dor torácica, crise hipertensiva ou sintomas compatíveis de taquiarritmia. Também foi juntado aos autos relatório médico cardiológico emitido na data de hoje, às 14h58min, solicitando a internação de JOSÉ CRISTIANO em unidade de terapia intensiva (UTI) devido diagnóstico de: urgência hipertensiva de difícil controle medicamentoso, dor torácica provavelmente anginosa e suspeita de congestão pulmonar.”
Ao decidir pela prisão domiciliar, o juiz determinou o monitoramento eletrônico dos dois suspeitos até o próximo sábado (se saírem do hospital) e proibição de conversarem com os demais envolvidos por um prazo de 30 dias.
Na noite de terça-feira o juiz retirou o sigilo dos autos.
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