Rondônia, 02 de maio de 2024
Geral

Agência Brasil: "Até domingo vão despachar boa parte desses funcionários para suas cidades de origem", diz assessor da Secretaria de Segurança

Brasília – Cerca de 10 mil funcionários da Usina Hidrelétrica de Jirau estão desabrigados por causa do incêndio provocado em seus alojamentos no canteiro de obras da empresa em Porto Velho. Sem ter para onde ir, os empregados estão espalhados pelas ruas da capital rondoniense, preocupação para a Secretaria de Segurança do estado.



Ele disse que não há registro de conflitos desde a chegada da Força Nacional. Até a manhã de ontem (17), 31 pessoas já haviam sido presas, 12 em flagrante delito. “Pedimos o reforço de 600 policiais [à Força Nacional]. Ontem chegaram 90, e a previsão é de que amanhã cheguem mais 150”, informou.

“O clima está tenso mesmo após a chegada da Força Nacional, com esses funcionários perambulando pelas ruas da cidade. Isso pode representar um risco para a população, ainda que os problemas tenham sido causados por uma minoria”, disse Santiago à Agência Brasil. “A Camargo Corrêa tem de ver o que vai fazer, e dar destino a essas pessoas. Eles [a construtora] nos garantiram que até domingo (20) vão despachar boa parte desses funcionários para suas cidades de origem”, informou Santiago.

Ele disse que não há registro de conflitos desde a chegada da Força Nacional. Até a manhã de ontem (17), 31 pessoas já haviam sido presas, 12 em flagrante delito. “Pedimos o reforço de 600 policiais [à Força Nacional]. Ontem chegaram 90, e a previsão é de que amanhã cheguem mais 150”, informou.

Os protestos dos trabalhadores da usina começaram terça-feira (15), após uma briga entre um motorista de ônibus e um dos operários. Veículos foram incendiados e algumas instalações do canteiro de obras foram depredadas. Praticamente todos alojamentos foram incendiados e um caixa de banco eletrônico foi saqueado. As obras da usina foram suspensas por tempo indeterminado pela empreiteira.

Hoje (18), a Força Sindical divulgou uma nota propondo a formação de uma comissão – constituída por representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, das centrais sindicais e dos sindicatos – para visitar as obras e verificar "a grave situação relatada pelos trabalhadores".

Segundo a nota, o presidente da entidade e deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), entrará com requerimento na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados cobrando providências e explicações da Camargo Corrêa e do consórcio de empresas sobre “a situação de trabalho degradante envolvendo os operários das obras”. Uma frente parlamentar também deverá ser constituída para uma ampla vistoria no canteiro de obras da usina.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Milhares de trabalhadores passam mais uma noite nas ruas de Porto Velho; Veja imagens

PM garante que não há ocorrências envolvendo trabalhadores em Porto Velho

Direção da Camargo Corrêa diz que 300 ônibus do Mato Grosso irão levar trabalhadores às suas cidades

O FIM DA AGONIA: MAIOR PARTE DE OPERÁRIOS DE JIRAU JÁ SEGUIU ÀS CIDADES DE ORIGEM

LIMINAR DA JUSTIÇA DO TRABALHO OBRIGA RESPONSÁVEIS POR JIRAU A GARANTIR EMPREGO E IDA E VOLTA DE OPERÁRIOS COM DIÁRIAS DE VIAGEM

APÓS 3 DIAS, GINÁSIO DO SESI É LIBERADO EM PORTO VELHO

Para delegado, operários presos não cometeram crime

JIRAU NÃO TEM DATA DEFINIDA PARA RETOMAR OBRAS; SEIS MIL RETORNARAM ÀS CIDADES DE ORIGEM