Rondônia, 14 de dezembro de 2025
Geral

Alagação no Acre

Vivi por quatro anos em Rio Branco, capital do Acre. E no início de cada ano sempre o rio sobe, inundando um longo trecho que deveria ser área de preservação permanente mas que, por conta dos desgovernos que se sucedem naquele estado, recebem cada vez mais pessoas desafortunadas da própria sorte, que com as enchentes perdem o pouco que tem. O problema, aliás, não se limita à capital, pois no interior as cenas de desolação são ainda piores.



Vladimir Polízio Júnior, 41 anos, é defensor público (vladimirpolizio@gmail.com)
Como isso acontece longe dos grandes centros, a divulgação desses fatos pela imprensa é sutil, e a possibilidade de que tudo continue como está é imensa. Ora, muitos municípios do Acre estão em regiões de planície, e as ruas das cidades por vezes ficam ziguezagueando os rios. Evidente que quando da época das cheias os rios sobem e atingem áreas consideráveis. Porque não estabelecer um plano estratégico de prevenção contra essas tragédias anunciadas? Será que em plena Amazônia não haveria local seguro para a construção de cidades que não fossem tomadas pelas águas? A só aplicação da área de preservação nas margens dos cursos d’água, previstas pelo Código Florestal, já reduziria em muito essa situação absurda sofrida pela população de um estado onde o governo se diz defensor da floresta e se orgulha de ligar o Brasil ao Pacífico com uma versão moderna de transamazônica. Porque não basta proteger as matas ou construir uma rodovia deserta sem cuidar das pessoas que lá vivem. Governos existem para isso.

Vladimir Polízio Júnior, 41 anos, é defensor público (vladimirpolizio@gmail.com)

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