Após demora em UPA, jovem perde controle e quebra vidraça e computador

Um jovem de 24 anos de idade perdeu o controle emocional na tarde desta segunda-feira (10), quando desde a manhã esperava por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste da capital. O rapaz quebrou a vidraça da divisória da sala de espera e um computador que fazia o controle e chamada das senhas dos pacientes.
O tumulto na unidade começou por volta do meio-dia, quando a prioridade dada aos pacientes de urgência gerou uma fila de espera ainda maior aos de “fichas verdes”, que tem menos urgência no atendimento. Dona Hilda Piedade, aguardava o atendimento do filho de 9 anos desde às 9 horas, e até às 17h30 a criança ainda não havia sido atendido, mesmo sendo considerado um paciente de urgência.
Um laudo foi exigido à família, que apenas conseguiu apresentar histórico de internações anteriores e o rapaz foi encaminhado, após a liberação médica, para a Central de Flagrantes para as providências cabíveis.
O tumulto na unidade começou por volta do meio-dia, quando a prioridade dada aos pacientes de urgência gerou uma fila de espera ainda maior aos de “fichas verdes”, que tem menos urgência no atendimento. Dona Hilda Piedade, aguardava o atendimento do filho de 9 anos desde às 9 horas, e até às 17h30 a criança ainda não havia sido atendido, mesmo sendo considerado um paciente de urgência.
“Meu filho é ficha amarela, está com febre e vômito, e não consegue nem ficar de pé. Mas o atendimento está muito lento e nem mesmo quem chegou antes de mim conseguiu o atendimento, fora os que desistiram e foram para casa”, reclamou a dona de casa.
Já o idoso, Vivaldino Oliveira, 72 anos, conta que já havia passado pela Policlínica Ana Adelaide, não conseguiu atendimento, e foi até a UPA Leste para tentar ser medicado.
“Estou com muita dor na coluna, mas cheguei na UPA perto das 11 horas, e já são 17 horas e até agora nada. Agora depois dessa loucura toda é que não vamos ser atendidos mesmo”, avaliou.
Grande procura, diz diretora
Apesar da falta de pulseiras com cores adequadas de identificação por ordem de urgência para atendimento, a direção da UPA Leste diz que as fichas no sistema estavam organizadas pela cor de acordo com a necessidade dos pacientes, e que mesmo estando com um médico a menos no plantão, todos os pacientes seriam atendidos. O problema enfrentado diariamente nas unidades de pronto atendimento é a procura de pacientes que deveriam estar procurando, na verdade, os postos de saúde.
“Atendemos por plantão de 24 horas de 480 a 700 pacientes por dia. Hoje um médico está de atestado, e por isso só estamos com três, sendo um na sala vermelha e os outros dois no atendimento. A maioria dos pacientes que nos procuram não é urgência, e eles superlotam o pronto atendimento. Nós explicamos para a população que todos seriam atendidos, mas era necessário ter paciência, porque além dos urgentes, ainda temos os que vão direto para a sutura, que são entubados, e esses precisam de atenção redobrada”, declarou a diretora, Rafaela Castiel.
Quanto às reclamações da falta de medicamentos, a diretora disse que o estoque da unidade está completo para o atendimento básico, e que este não é o problema. “Se fossem só os pacientes de ficha amarela e vermelha, que são de urgência, os três médicos que temos hoje dariam conta, mas assim, com a unidade lotada de pacientes não urgentes, realmente fica complicado”, completou Rafaela.
Desde o fato acontecido com o jovem, às 16h30, o atendimento aos pacientes que aguardavam foi suspenso, não sendo retomado até às 17h45, quando a equipe de reportagem do RONDONIAGORA saiu do local. Durante o dia, até o final da tarde, 213 pacientes haviam sido atendidos.
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