Rondônia, 23 de novembro de 2024
Geral

Após reunião com Sindipetro, Procon avalia fiscalizar postos para garantir desconto no diesel

O preço do combustível ainda continua pesando no bolso do rondoniense, mesmo após a paralisação dos caminhoneiros em protesto ao valor do diesel. Para tentar baixar fazer com que os postos de combustíveis de Rondônia dêem o desconto R$ 0,46 no diesel aos consumidores, o Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-RO) conversou com representante do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Rondônia (Sindipetro), na última sexta-feira (1º), que juntos, entenderam que estabelecimentos devem cumprir o acordo feito entre governo federal e classe dos caminhoneiros.

Na última sexta-feira, o Rondoniagora visitou alguns postos de combustível e encontrou diesel sendo cobrado de R$ 3,59 até R$ 3,95.

O empresário Diego Silva disse que ainda não percebeu a redução no valor do combustível. “Depois que terminou a manifestação com aquele acordo de que iria reduzir o valor do combustível eu ainda não vi diferença de valores, mas espero que diminua porque ainda está muito caro”, disse.

O comerciante Raimundo Nonato concorda e diz que “o preço do diesel continua normal. Eu já abasteci duas vezes depois da manifestação e ainda não vi diferença. Ouvi dizer que iria ter um desconto de R$ 0,46, mas acho os postos ainda não estão obedecendo ao acordo firmado pelo presidente”, reclama.

Segundo o Procon, durante a reunião ficou acertado que o desconto será repassado ao consumidor no óleo diesel desde a última sexta-feira (1º). “Definiu-se também que os postos em atividades no território federal estão obrigados a afixar, de forma visível e de fácil entendimento, uma placa contendo o preço do litro de óleo diesel comercializado anterior a 1º de junho, como também cometer o preço atualizado com o referido desconto”, explica o coordenador Rui Costa.

Como garantia que o desconto será repassado, o Procon e o Sindepetro irão realizar mais uma reunião, desta vez com os representantes dos postos de combustíveis.

“Nessa reunião nós vamos informar todos os representantes para que fiquem cientes da determinação federal e informar que a fiscalização será de forma ostensiva e sob pena de punição aos estabelecimentos que desrespeitar a determinação bem como as demais normas consumeristas”, informa o coordenador do Procon.

Fiscalização
Para evitar que os consumidores sejam lesados, o coordenador garante que será analisada a criação de um observatório contínuo, que vai fiscalizar os preços, serviços e qualidade de atendimento em todos os postos de combustível no Estado.

Ainda na linha de fiscalização, o Procon pretende reforçar com o apoio de outros órgãos e a inclusão dos consumidores como agentes fiscalizadores, para que possam efetuar denúncias através de envio fotos e demais informações sobre os atendimentos.

Denúncias
As denúncias podem ser feita diretamente no Procon de Porto Velho que fica localizado Av. 7 de Setembro, no Centro da cidade (Tudo Aqui) e funciona das 7h30 às 18h, sem limites de senha ou no Porto Velho Shopping de segunda à sexta-feira das 10h às 22h e aos sábados das 12h às 20h.

Silvânio Vieira, de 30 anos, transporte combustível para Ji-Paraná

A greve
A greve dos caminhoneiros em Rondônia começou no dia 22 de maio e perdeu força dez dias depois. Entre os prejuízos, todo o combustível vendido aos consumidores esgotou nos postos, assim como em cidades onde a Eletrobras ainda utiliza termoelétricas para gerar energia.

Além do combustível, alimentos e água começaram a faltar. Em alguns supermercados faltou carne, ovo, frutas e verduras.

Para por um fim a manifestação, o presidente ordenou que as forças armadas federais fossem aos locais onde os caminhoneiros estavam concentrados. Em Rondônia, foram desmontados os pontos de concentração em Candeias do Jamari, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Vilhena, onde foi registrada a morte de um caminhoneiro.

Motorista há 10 anos, Silvânio Vieira, de 30 anos, diz que a greve encerrou porque o Exército chegou ao local onde estavam concentrados, em Ouro Preto do Oeste, e ordenou que todos saíssem. “Ou a gente saía ou ia preso. Então, resolvemos voltar ao serviço, mas estamos de olho. Se o governo não cumprir as promessas, nós vamos parar de novo”, diz o motorista.

Já Mário Aparecido Rodrigues, motorista há 26 anos, a paralisação serviu para chamar a atenção e agora é observar se o governo vai cumprir. “Não ficamos satisfeitos com o resultado, mas já foi uma conquista. Na próxima vez, a gente precisa ter mais apoio da população”, finaliza o motorista que transporta combustível entre Rondônia e Mato Grosso.

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