Rondônia, 13 de dezembro de 2025
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Após tremor de terra em Porto Velho, sismólogo tranquiliza e explica que estruturas não sofrem danos

No último fim de semana, vários moradores de Porto Velho sentiram a terra tremer por causa de um terremoto de 8 graus na ocorrido no Alto Amazonas do Peru. O fenômeno natural deixou parte da população preocupada com a possibilidade de novos abalos e consequências para as edificações da Capital rondoniense.

Segundo o sismólogo George Sand França, do Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB), é impossível prever esse tipo de fenômeno e, quando acontece, normalmente quem está em prédios mais altos são os que sentem o tremor.

Uma movimentação de falha geológica foi o que causou o tremor de terra. “É uma falha no limite de placa tectônica. Isso é um terremoto onde se tem uma pressão muito forte na placa de Nazca que começa pressionar para o lado da placa Sul-Americana, e essa pressão chega um momento que não suporta mais e gera o terremoto”, explicou George França.

Conforme o sismólogo, Porto Velho e Manaus (AM) sempre irão sentir os reflexos desses dos terremotos no país vizinho. “Os tremores chamados de profundos e magnitude considerável, que é acima de 7 e 6,5, Porto Velho vai sentir nos andares mais altos dos prédios. Raramente, uma casa sente o tremor porque a Capital ainda está em uma distância considerável”, disse.

Ainda segundo George Sand França, aparentemente só Porto Velho sentiu o tremor já que foi a noite e muitas pessoas estavam dormindo. “Geralmente as pessoas pensam que foi alguma tontura ou sonho, e não percebem que se trate de um temor. O reflexo que as pessoas sentiram chegou a 3, referente a intensidade do tremor”, informou o sismólogo.

No entanto, esse tremor em Rondônia não causa dano à estrutura dos prédios. “Não causa porque o terremoto foi muito distante. Se os imóveis estiverem nos padrões brasileiros de estrutura física, não é para provocar nenhum efeito”, garantiu.

O terremoto ocorrido na madruga do último domingo (26) teria tido uma profundidade de 110 quilômetros, a 80 quilômetros a sudoeste do distrito de Lagunas. Quanto mais raso for o epicentro do terremoto em relação à superfície terrestre, maiores serão os danos causados. Por isso, esclarece o sismólogo, Porto Velho poderia sentir o terremoto com mais intensidade se ele fosse considerado raso. “A placa de Nazca está mergulhando sobre a placa Sul-Americana no Peru. Esse terremoto quando acontece, é de grande magnitude, se ele fosse raso teria provocado um desastre considerado no Peru, e também seria sentido em Rondônia porque é uma energia muito forte quando acontecem esses terremotos rasos”, finalizou o George França.

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