Após um ano, trecho que desabou na Estrada do Belmont continua sem manutenção

Há um ano, um trecho da Estrada do Belmont, no Bairro Nacional, em Porto Velho, começou a desmoronar. O local foi isolado por conta dos riscos aos moradores e pessoas que passam pela localidade, mas desde então, nenhum serviço para recuperar a via foi realizado. Até as fitas que indicam a parte com risco de desabamento já não são mais vistas.

Nesta semana, o Departamento Estadual de Estradas de Rodagens (DER) informou que uma empresa já foi contratada para construir um muro de contenção e tentar evitar que a erosão aumente. O serviço deveria ter começado na última terça-feira (27).

O operador de máquinas Edcarlos Souza, de 42 anos, passa pelo local todos os dias e diz ter medo da estrada ser totalmente interditada por causa da erosão. “Esse é meu trajeto para ir trabalhar todos os dias e meu maior medo é de estar passando no local no momento que tudo desmoronar, porque do jeito que está é o que pode acontecer. Essa erosão vem acontecendo faz tempo, as autoridades sabem do problema e não se interessam em resolver”, afirma o trabalhador.

Zeli Rodrigues, de 58 anos, vive há mais de 30 anos próximo ao local onde está desmoronando e pede socorro as autoridades. “Depois que começou a desmoronar essa parte da estrada eu não vi ninguém vir aqui para tentar resolver problema. Eu tenho medo dessa erosão aumentar e eu perder minha casa porque moro bem próximo e não posso fazer nada. Faz quatro anos que tive que fechar meu comércio por causa das péssimas condições da estrada, perdi os meus móveis na cheia de 2014 e agora perder a casa é difícil pra mim”, desabafa a moradora.

Na época da interdição, o diretor da Defesa Civil de Porto Velho, Marcelo Santos, informou que o problema era causado pelo grande fluxo de embarcação as margens do Rio Madeira que causam ondas fluviais contribuindo para o aumento da cratera.

Na segunda-feira (26), o diretor-geral do DER disse que uma empresa tinha sido contratada para construir o muro e a obra teria início no dia seguinte. Já nesta sexta-feira (2), por telefone, a assessoria do DER informou que o engenheiro responsável pela obra visitou o local durante a manhã desta e disse que os serviços só podem começar após o nível do Rio Madeira diminuir. Nesta sexta, o nível é de 16,21 metros.

Enquanto as obras não começam, as máquinas do DER vão continuar fazendo a manutenção da estrada de dois em dois dias para tentar melhorar o acesso e a passagem de veículos.