AROM garante liminar suspendendo assembleia golpista, mas Hildon prefere renunciar para evitar retaliações às prefeituras

O ex-prefeito e presidente da Associação Rondoniense de Municípios (AROM), Hildon Chaves, decidiu no início da tarde desta quinta-feira renunciar ao cargo e convocar novas eleições para a entidade municipalista. Hildon preferiu evitar um confronto com o Governo e colocar em risco a ida de recursos essenciais as pequenas prefeituras, por causa de “vaidade”. O ex-prefeito não precisava sair do cargo, já a AROM, através de seus advogados, garantiu uma liminar na 2ª Vara da Fazenda Pública, suspendendo os efeitos de uma assembleia extraordinária marcada por 12 prefeitos para destitui-lo da função, sem justificativa plausível. Seu mandato, assegurando por eleição limpa e democrática, terminaria em 2026.
Nas redes sociais, Hildon fez um pronunciamento explicando seus motivos para deixar a direção da associação. “Em respeito a população dos pequenos municípios rondonienses, que podem vir a ser prejudicados por eventuais retaliações pelo Governo do Estado, tomei a decisão de convocar novas eleições para presidência da AROM. Sou desprovido de qualquer vaidade em relação a cargos, minha prioridade sempre será o bem-estar das pessoas. E se a permanência do cargo representa qualquer risco a chegada de recursos essenciais para esses municípios, por coerência e compromisso com a população, é justo que os prefeitos tenham a liberdade de escolher um novo presidente para conduzir a nossa entidade”.
Forças políticas por trás para evitar confronto em 2026
Não precisou de grandes motivos para os prefeitos amotinados tentarem expurgar Hildon Chaves do cargo da AROM. Na realidade, o grupo dos 12 está a serviço de forças políticas que não querem um confronto direto com o ex-prefeito nas eleições de 2026. A ideia é enfraquecê-lo politicamente e tirá-lo da disputa do Governo ou Senado. Hildon deixou a Prefeitura de Porto Velho bem avaliado e a Capital é o maior colégio eleitoral de Rondônia. Segundo relatos de fontes do Palácio Rio Madeira, o Governo estava comandando as futuras eleições, passando por promessas de liberação de recursos e convênios de programas essenciais a sobrevivência de pequenas prefeituras, que são a maioria no Estado. Veja o pronunciamento de Hildon.
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