Aumento do gás de cozinha em Porto Velho pode ser maior que o anunciado pela Petrobras
Mais uma vez o rondoniense vai precisar refazer as contas para comprar o botijão de gás. Isso porque, a partir deste domingo (5), os revendedores devem começar a repassar o novo reajuste para o preço consumidor final. O aumento de 4,5% foi anunciado pela Petrobras na sexta-feira (3) e vai influenciar diretamente a comercialização do gás de cozinha que pode subir 2% ou R$ 1,21. Em Porto Velho, há comerciantes que prevêem aumento de pelo menos R$ 5,00.
É o caso de um comércio na Avenida Guaporé, no Bairro Igarapé na Zona Leste, que a botija de 13 quilos vai subir de R$ 65 para R$ 70. O proprietário garante que apesar dos clientes reclamarem, não tem como evitar o reajuste. “Eu já estava sabendo desse aumento e amanhã o gás no meu comércio vai para R$ 70. A maioria dos clientes não está sabendo desse aumento, que com certeza irá se assustar com o reajuste, mas é o que já estava previsto e nós só repassamos”, explica o proprietário, que preferiu não informar o nome.
Na Alexandre Guimarães, o comércio de Amorin Martins o gás já é revendido a R$ 69. “Não sou a favor desse aumento. Em menos de um mês já foram dois e quem paga por isso somos nós. Hoje meu gás está saindo por R$ 69 e clientes reclamam bastante, mas não podemos fazer nada porque só repassamos o valor. Toda vez que aumenta o valor minhas vendas caem em 10%, por isso não concordo”, garante o comerciante.
Há mais de 17 anos trabalhando também com revenda de gás no Bairro Aponiã, Maria Albuquerque se assustou com a notícia do novo reajuste. “Eu não estava sabendo até eu olhar no jornal desse reajuste que não faz nem um mês que teve. Quem comprar hoje aqui no meu comércio vai pagar R$ 68 e amanhã já não sei pra quanto vai. Os clientes reclamam bastante, mas eu e nem eles podemos fazer nada, infelizmente. Não sou a favor desse aumento porque sempre caem nossas vendas e isso não é bom para o comércio que está com pouco movimento”, reclama.
A crise também tem atingido o comércio de Carlos Araújo. Há mais de 20 anos no Bairro Cuniã, ele já prevê queda nas vendas. “As vendas já não estão boas e com esse aumento surpresa eu estou vendo que vai ter uma queda de 10% ou mais. Por enquanto cobro R$ 68 no botijão de gás, mas entendo que quem tiver o reajuste vai complicar ainda mais nas vendas, mas a gente sabe que os clientes compram porque ninguém pode ficar sem cozinhar”, avalia Carlos Araújo.
A dona de casa Katiúcia Santiago diz que o aumento chega a ser abusivo. “Não tem condições de a gente pagar toda vez por esses aumentos, que está sendo várias vezes em menos de um mês. Se continuar assim, vai ser o jeito cozinhar na lenha porque o gás só aumenta. A gente consome muito gás em casa durante o mês e com esse aumento nós ficamos em uma situação difícil”, reclama a dona de casa.
“É um absurdo esse aumento em menos de um mês e deveria ficar o mesmo preço ou baixar e não aumentar desse jeito. Como sou casado e tenho filhos, tudo fica mais difícil porque o consumo é muito grande durante o mês. Acho tudo isso uma falta de respeito conosco porque somos obrigados a pagar”, desabafa o entregador Marcos Antônio.
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