Automedicação no tratamento contra a dengue pode agravar sintomas da doença, alerta Agevisa
A Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) intensifica esforços na conscientização da população sobre os perigos da automedicação no combate à epidemia da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A orientação busca informar aos usuários, quanto à importância de seguir protocolos médicos, direcionados por especialistas, e evitar práticas de automedicação, que possam agravar os sintomas da doença.
AUTOMEDICAÇÃO
Um ponto crítico para a dengue, de acordo com o que alertam os técnicos da Agevisa, é a automedicação. A farmacêutica, técnica da Agevisa Ane Mary ressaltou que, “o uso indiscriminado de anti-inflamatórios e outros medicamentos pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas, agravando a condição do paciente. Medicamentos como salicilatos e anti-inflamatórios não esteroides são desaconselhados, pois aumentam a tendência hemorrágica”, enfatizou.
A dengue, uma doença febril aguda, apresenta duas formas: a clássica e a hemorrágica. Os sintomas incluem febre alta, dores musculares, náuseas, vômitos e, em casos graves, hemorragias que podem levar à morte. O tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) é principalmente sintomático, sem medicamentos específicos.
A gerente Epidemiológica da Agevisa, Arlete Baldez, destacou a importância de medidas não farmacológicas, como repouso e hidratação, como primeiras abordagens aos sintomas. “Em casos em que seja necessário o uso de medicamentos para febre ou dor, o paciente deve procurar orientação médica, inclusive dando entrada nas unidades de saúde para notificação do caso, o que muito contribui com o desenvolvimento de ações públicas pontuais”, salientou.
ANVISA
A Unidade de Farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faz um alerta sobre o uso indiscriminado e abusivo de medicamentos no tratamento da dengue. Ressalta que, a eficácia esperada só é garantida quando há orientação médica, evitando riscos de intoxicação e efeitos colaterais, inclusive fatais.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima reforçou ainda que, “em caso de dúvidas, os usuários são incentivados a procurar orientação médica ou farmacêutica, antes de iniciar qualquer tratamento por conta própria. A mensagem final é clara: diante dos sintomas persistentes, a busca por atendimento médico é crucial para uma avaliação precisa e tratamento adequado”, destacou.
DIA DE COMBATE À DENGUE
O Governo de Rondônia considera que, as iniciativas de mobilização social e informação contra o mosquito vetor, ajudam a combater e controlar a manifestação da doença. Mas, a chegada do período chuvoso aumenta o risco de novos casos, exigindo vigilância constante, por isso, decretou o dia 16 de março como o “Dia de Combate à Dengue”, com o objetivo de somar esforços para eliminar eventuais focos, que possam servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
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