Rondônia, 13 de outubro de 2024
Geral

Baixos Salários levam servidores da educação a aprovar estado de greve

Reunidos em assembléia na manhã de terça-feira (09/02) na sede do Sintero, em Porto Velho, os trabalhadores em educação estaduais da Regional Norte decidiram aceitar a segunda proposta de pagamento da ação do Seguro Pecúlio Iperon. Na mesma assembléia a categoria demonstrou descontentamento e revolta com o governo do Estado pelo não cumprimento da promessa de reajuste salarial.



A direção do Sintero deixou claro que o governo teve todo o tempo necessário para dialogar com os trabalhadores em educação, visto que as campanhas salariais são deflagradas com bastante antecedência, sendo a pauta de reivindicação entregue ao governo no ano anterior.

Visivelmente insatisfeitos com o achatamento salarial promovido pelos dois mandatos do governador Ivo Cassol, os trabalhadores em educação decidiram manifestar a revolta publicamente a partir de março, caso não haja disposição do governo para negociações a partir de agora.

A direção do Sintero deixou claro que o governo teve todo o tempo necessário para dialogar com os trabalhadores em educação, visto que as campanhas salariais são deflagradas com bastante antecedência, sendo a pauta de reivindicação entregue ao governo no ano anterior.

“A pauta de reivindicação de 2010 foi entregue ao governador ainda em 2009. Então o governo não pode alegar que o movimento dos trabalhadores em educação teve origem em ano eleitoral”, disse Manoel Rodrigues, Secretário-Geral do Sintero.

O Secretário de Assuntos Jurídicos, Nereu Klosinski, disse que o governo, depois de massacrar os servidores por 7 anos consecutivos, prometeu que se a transposição fosse aprovada, daria um aumento aos servidores. “A transposição foi aprovada, o governo está com os cofres abarrotados, aumenta os cargos comissionados, mas continua tratando os servidores da educação a pão e água”, disse.

Claudir Mata, presidente do Sintero, destacou que por ocasião da Conferência Estadual de Educação a secretária de Estado da Educação Marli Caúla teve uma reunião com a direção do Sintero e prometeu um reajuste emergencial de salário com o compromisso de discutir posteriormente um índice que pelo menos pudesse recuperar o poder de compra da categoria. “A promessa não foi cumprida, não se falou mais no assunto, e hoje os trabalhadores em educação amargam uma das piores perdas salariais da história”, disse Claudir.

Os diretores do Sintero compararam o salário pago hoje com o que a categoria recebia no início do primeiro mandato do governador Cassol. Um professor ganhava mais de 7 salários mínimos e hoje não chega a três mínimos. Um funcionário de escola ganhava três salários mínimos e hoje recebe menos de um mínimo. Os professores de Rondônia tinham o terceiro melhor salário do país, mas hoje estão entre os cinco piores.

Com a realização da assembléia desta terça-feira os trabalhadores em educação iniciaram uma mobilização em todo o Estado e preparam manifestações e atos públicos. Se não houver negociação poderá ser deflagrada uma greve na educação a partir de março.

Seguro Pecúlio Iperon

O primeiro item da pauta da assembléia desta terça-feira a ser deliberado pelos trabalhadores em educação foi a análise e votação da segunda proposta feita pelo Iperon para pagamento da ação do Seguro Pecúlio. Apesar de ser uma ação ganha na Justiça, o Iperon vem descumprindo a ordem judicial de devolver com juros e correções os valores descontados indevidamente dos contracheques dos servidores a título de Seguro Pecúlio.

Depois de descumprir a decisão da Justiça por mais de um ano, em dezembro de 2009 o Iperon fez uma proposta para pagar a ação, sem juros e ainda com deságio de 10%. Submetida à assembléia, a proposta foi rejeitada por unanimidade nas assembléias dos trabalhadores em educação em todo o Estado.

A nova proposta, aprovada em Porto Velho, mas que ainda vai ser avaliada e votada em assembléias em todas as demais Regionais do Sintero, consiste no pagamento da ação ainda sem os juros do período, mas também sem o deságio de 10%.

O Sintero fez os cálculos e concluiu que os servidores ainda perdem aproximadamente 30% do valor que tinham direito em 2006, quando o cálculo foi feito. Os detalhes do cálculo, as vantagens e as desvantagens da proposta foram explicados pelos diretores do Sintero na assembléia. Entretanto, segundo a presidente Claudir Mata, cabe tão somente aos servidores decidirem se aceitam ou não. “O papel do sindicato é esclarecer, colocar em votação e acatar a decisão da maioria. A categoria aprovou, e agora vamos ouvir a decisão das demais regionais e tomar as providências cabíveis”, disse.

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